Pelo menos cinco policiais morreram nesta quinta-feira (7) e nove pessoas (sete policiais e dois civis) ficaram feridas durante uma manifestação contra a violência policial em Dallas, nos Estados Unidos, quando um franco-atirador dispararam contra eles, informou a polícia local.
Através de um comunicado, a polícia disse que dos feridos, há alguns que estão em "estado crítico" e outros estão passando por cirurgia.O suspeito de atirar durante protesto contra violência policial e que provocou a morte de cinco policiais na noite de quinta-feira (8), em Dallas, nos Estados Unidos, foi morto após passar mais de uma hora entrincheirado em um estacionamento, segundo a imprensa local.
O suspeito foi morto por uma bomba que autoridades detonaram, segundo informações da polícia de Dallas divulgadas pela rede de televisão CNN. "Nós não vimos outra opção além de usar nosso robô e colocar um explosivo nele para ser detonado no local onde o suspeito estava. Outras opções poderiam expor nossos policiais em grave perigo foi morto como resultado da detonação da bomba", disse David Brown, chefe da polícia de Dallas.
Ainda segundo Brown, o suspeito teria dito que agiu sozinho e que estava irritado com os recentes casos de mortes de negros por policiais.
Além do suspeito, a polícia mantém sob custódia mais três pessoas, incluindo uma mulher que foi detida no estacionamento e outros dois indivíduos que circulavam pela estrada em um Mercedes.
As pessoas em custódia não estão cooperando com as autoridades, segundo o chefe da polícia de Dallas, David Brown, que diz não ter certeza que não há mais pessoas envolvidas no ataque, além dos três detidos e o suspeito entrincheirado.
A polícia divulgou a foto de um dos suspeitos dos disparos, um homem negro e alto, utilizando uma camisa com estampa militar e carregando o que parece ser uma espingarda, e pediu ajuda da população para identificá-lo.
Segundo o chefe de polícia, que estava na entrevista à imprensa ao lado do prefeito de Dallas, o democrata Mike Rawlings, os dois franco-atiradores "queriam ferir ou matar o número máximo de policiais", por isso prepararam uma emboscada e alguns dos agentes foram atingidos pelas costas.
David Brown também explicou que os suspeitos teriam ameaçado ativar uma bomba, embora não tenha dado mais detalhes.
Aproximadamente 100 agentes foram deslocados para o centro de Dallas por conta da manifestação contra a violência policial, em uma noite na qual estes atos também aconteceram em diversas cidades dos EUA.
Obama defende medida contra racismo da polícia
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que a morte a tiros de dois homens negros por policiais em Minnesota e em Louisiana nesta semana sublinharam a necessidade do país de falar sobre "a aparência ou realidade do preconceito racial" no policiamento.
"Esses tiroteios fatais não são incidentes isolados", disse Obama em uma postagem no Facebook. "Eles são sintomáticos dos maiores desafios no nosso sistema de justiça criminal, das divergências raciais que aparecem no nosso sistema ano após ano, e da consequente falta de confiança que existe entre as autoridades e muitas das comunidades às quais eles servem."
As mortes de Philando Castle em uma abordagem policial em Falcon Heights, no Minnesota, e Alton Sterling em uma loja de conveniência em Baton Rouge, no Louisiana, foram os mais recentes de uma série de mortes a tiros que levaram a pedidos de uma revisão na forma como a polícia interage com a comunidade negra. (Com Reuters)
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