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Polícia
08/07/2016 - 10:06
Empreiteiro chega escondido à PF para se entregar e ficará em presídio
Foto: Marina Pacheco
CGrandenews
 
Foragido desde ontem, quando foi deflagrada a terceira fase da operação Lama Asfáltica, João Amorim se apresentou na manhã desta sexta-feira (8) à Polícia Federal em Campo Grande. Escondido, o empresário chegou em carro particular e não entrou pela porta da frente.
 
Já preso, Amorim seguiu em uma viatura da PF para fazer examesde corpo de delito, no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). À tarde, deve ir para o Centro de Triagem, onde já esteve preso entre maio e junho deste ano.
 
No local, ficará na cela 17, junto com o ex-secretário de obras, Edson Giroto, e o empresário Flávio Scrocchio, presos na mesma operação, entre outros detentos.
 
Na quinta-feira (7), o delegado regional de Combate ao Crime Organizado, Cléo Mazzotti, informou que havia negociação para que o empresário de entregasse. Dono da Proteco Construções e apontado como um dos líderes do esquema para fraudar obras públicas, Amorim estava fora do Estado. Apesar da expectativa de apresentação voluntária, o delegado afirmou que a PF em todo Brasil foi informada do mandado de prisão preventiva em aberto.
 
Na terceira fase da operação, batizada de Aviões de Lama, foram presos Edson Giroto (ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal) e o cunhado Flávio Henrique Garcia Scrocchio (empresário apontado como “testa de ferro” de Giroto).
 
O ex-secretário foi preso em casa, no residencial de luxo Damha, em Campo Grande. Já Flávio foi apresentado na superintendência da PF pela defesa.
 
Ontem, o advogado Valeriano Fontoura informou que vai verificar se há irregularidade entre a nova prisão em relação a um habeas corpus do STF (Supremo Tribunal Federal), que colocou Giroto e o cunhado em liberdade no último dia 22 de junho.
 
Aviões – Na nova etapa da investigação, foi apontada dilapidação de patrimônio. Ou seja, avião, que segundo a polícia foi obtido com recurso irregular, no valor de quase R$ 2 milhões, acabou vendido. O avião Cheyenne pertencia à empresa ASE Participações, que tem Amorim como sócio. Inicialmente, o mandado de busca e apreensão foi endereçado para Cuiabá (MT), mas acabou cumprido em Maringá (PR).
    
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