A morte de uma criança de três anos de idade na Fundação Hospitalar por suposta “negligencia médica” levou o prefeito de Costa Rica/MS, Waldeli Rosa, (PR) a convocar uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16) para dar a versão do Município sobre o ocorrido. O pai do menino Anthony Canabarro Soares publicou em uma rede social a “via sacra” que fez em busca de atendimento na Fundação por cinco vezes, “a criança com dor em uma das pernas, apenas falavam que ele tinha infecção urinaria, ainda questionei a médica pediatra, mas infecção da uma dor dessas, da sim disse a médica”, afirmou o pai.
Ainda de acordo com a versão do pai no último domingo (13) foi a Fundação por duas vezes, a criança reclamando de dor na perna e voltou para casa depois de ouvir o diagnostico da médica responsável, Silvia Cristina Pereira Marinho que medicou a criança. O pai prossegue em sua postagem informando que a dor não passou e lá pelas 22 horas voltou novamente ao hospital quando ele foi internando com muita dor, “logo a doutora plantonista ligou pra pediatra de plantão para vir avaliar o estado da criança que era grave, mas ela não foi, então mais trade ligaram novamente para ela e ela disse que ele (a criança) estava apenas com uma infecção de urina e não foi ate lá disse que já tinha medicado ele, e assim a criança passou a noite agonizando, gemendo, variando de tanta dor e ninguém agiu quando ao amanhecer o outro pediatra que assumiu o plantão, por sinal um ótimo médico já olhou e falou que o caso era grave e já encaminhou para a sala de estabilização onde iriam fazer alguns exames de urgência para encaminha-lo pra Campo Grande, mas infelizmente quando foi ás 08 horas meu filho teve uma parada cardíaca, foram 20 minutos tentando reanima-lo, mas não deu”, esse é o realto do pai indignado com o que ele chama de descaso.
O pai inicia seu comentário dizendo: “quero fazer um apelo a vocês para mudarmos isso,chega de tanto descaso,tanta falta de interesse hoje me sinto com o coração partido”.
Waldeli informou que estava em viagem quando ficou sabendo da morte da criança,“a Fundação Hospitalar registrou Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e as medidas estão sendo tomadas”, disse o prefeito.
Ele informou ainda que uma das medidas adotadas foi á rescisão do contrato com a médica pediatra, “foi uma medida política, mas também não deixa de ser administrativa, estaremos aguardando a necropsia (lado médico do IML) que deve vir em até 30 dias para apurar se houve um erro operacional”, informou Waldeli.
O prefeito disse ainda que vai enfrentar o problema sem fugir das responsabilidades, “por isso, estamos tomando medidas administrativas, tanto o Município quanto na Fundação Hospitalar”. De acordo com ele a médica prestava serviços para Município e a Fundação desde 2015.
Wadeli desabafou: “A Fundação Hospitalar tem 22 médicos e eles ainda não comprenderam, que esses casos prejudica todos os profissionais mancha a credibilidade do nosso sistema de saúde isso mancha todo o trabalho feito até agora”.
O prefeito durante a coletiva informou que o Município vai dar todo o apoio necessário à família, mas disse que não conversou com a família ainda.
A diretora administrativa da Fundação Hospitalar que participou da coletiva, Maria Aparecida Oliveira da Silva, disse que a médica pediatra Silvia Cristins Pereira Marinho foi notificada da demissão, “ela não respondeu se cumprirá o aviso prévio de trinta dias”.
O médico Ricardo Cotrim, diretor clinico do hospital participou da reunião e disse que foram realizados exames e a criança ficou orientada, “ela tinha diagnóstico difícil”, disse, porém não informou qual era o diagnóstico. Informou ainda que a criança foi atendida pela pediatra, mas que foi assistida pelos médicos plantonistas.
Portaria:
O presidente da Fundação Hospitalar, Walter Moreira Lima, disse que a instituição tem uma portaria que determina que somente o médico pode chamar outro médico para atendimento.
Dinheiro para a Fundação:
O prefeito informou que a na Fundação recebe dinheiro público da prefeitura mensalmente no valor de R$ 527 mil. A diretora informou que o gasto é de R$ 900 mil mês.
Vou procurar o MP e o CRM:
A mãe da criança Andrea Canabarro, disse ao Hora da Notícia que vai procurar o Conselho de Saúde e o CRM (Conselho Regional de Medicina) nos próximos dias. Ela adiantou ainda que já solicitou o prontuário da criança junto ao hospital e vai procurar o Ministério Público Estadual, “estamos aguardo o laudo que acredito deve chega em 45 dias”.
Ela disse ainda que está organizando uma caminhada para o próximo dia 19 de novembro, “quero saber o que aconteceu com meu filho, se foi negligência ou não”. Ela disse que desde o dia 31 de outubro o filho tinha uma dor na perna esquerda, “fui a Fundação, fez exames e raio X, não constataram fratura, era só infecção urinária segundo a médica”, disse a mãe.
Participaram da reunião o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Roney Rodrigues, o vereador presidente da Câmara, Averaldo Barbosa da Costa, (PMDB), Lucas Lázaro Gerolomo, (PSB) e Jovenaldo Francisco dos Santos, (PSB).
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