O Conselheiro da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) Ademir Antônio Cruvinel esteve em Costa Rica e acompanhou o velório e sepultamento do advogado Nivaldo Nogueira de Souza assassinado na última segunda-feira (23). Ele representou o presidente da Ordem, Fabio Trad. Cruvinel falou ao Hora da Notícia e afirmou: “A bala atingiu todos os advogados, não só o colega Nivaldo“. O conselheiro conversou com o delegado Lúcio Fátima responsável pelas investigações para se interar dos procedimentos que estão sendo tomados em relação ao fato ocorrido. Reuniu com o advogado Roberto Rodrigues, presidente da 16ª Subseção da ordem em Costa Rica, nomeado pelo presidente Fabio Trad para acompanhar o inquérito policial junto á delegacia. Cruvinel adiantou que a força tarefa especial criada para auxiliar nas investigações vai chegar aos autores para chegar ao mandante, segundo ele pela maneira que o crime foi praticado suspeita-se que seja crime encomendado. Ele adiantou que na próxima sexta-feira (27), o conselho da OAB vai reunir com a presença do advogado Roberto Rodrigues que levará um relatório elaborado em conjunto com os demais advogados de Costa Rica com as reivindicações. Na reunião será discutido a falta de " segurança, “a situação de insegurança que estamos vivendo no Estado”. Outro ponto que será abordado é a intervenção da ordem junto ao Estado para disponibilizar mais um delegado para o município. O Assalto do Banco do Brasil em agosto de 2008 deixou a cidade vulnerável, a população ainda vive a insegurança,”o Estado precisa dar condições de trabalho, não houve um policiamento preventivo depois do assalto, precisa cumprir seu papel”. Cruvinel disse ainda que é impossível a polícia realizar um bom trabalho sem pessoal. Cruvinel alertou para aumento da violência com a instalação da Usina de Álcool no município, “traz uma demanda muito grande para a Segurança Pública” segundo ele é preciso ter uma atenção especial com as divisas do Estado, Mato Grosso e Goiás, “precisam ser vigiadas”. Ele observou que o município dispõe de uma arrecadação de impostos excelente, participativa para o Governo do Estado e precisa ser priorizado na área da segurança. Adiantou que OAB vai promover discussão sobre investimentos na área de segurança pública para a região do “Bolsão” com conselheiros em Três Lagoas, Paranaíba e Cassilândia. Questionado sobre o assassinato do moto-taxista Carlos Henrique Felix Coelho a mais de dois anos sem uma resposta do Estado assim como o desaparecimento de duas jovens na cidade ele foi categórico em afirmar que falta investimento do Estado na segurança pública para dar condições à polícia de trabalho para esclarecer.
Para o conselheiro o crime de “pistolagem” é covarde e as instituições precisam ser firmes no combate. Ele observou que o Estado precisa se estruturar porque o crime organizado está a frete da polícia e começa a desmontar o que existe de estrutura, e observou: “a vida está perdendo o valor“. O Estado precisa combater isso, esse crime que aconteceu em Costa Rica era crime de fronteira, “antes só acontecia na região de fronteira, agora acontece aqui”. A execução do Nivaldo chocou a classe, “a bala atingiu todos os advogados do Estado e do Brasil, não só o colega Nivaldo”. Ele acrescentou que o crime também reflete nos promotores e juízes. Cruvinel definiu Nivaldo como um profissional combativo, sério e honesto, “sentiremos saudades dele”, finalizou. Hora da Notícia.
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