Devem ficar prontos até amanhã (22) os laudos da perícia que podem auxiliar a polícia a esclarecer o assassinato do perito papiloscopista da Polícia Civil, Jones Gegiori Borges, 38, morto com três tiros pelo cabo da Polícia Militar, Vagner Nunes Pereira, 30.
O crime aconteceu na madrugada do dia 13 de agosto, dentro de um ônibus, na BR-163, em Naviraí – distante 366 quilômetros de Campo Grande.
O PM alega que agiu em legítima defesa, pois o perito teria feito menção de sacar uma arma, mas o delegado responsável pelo caso, Eduardo Lucena, apura se houve excesso na ação do cabo.
O delegado disse que os laudos indicarão a dinâmica do crime e que, após isso, uma reconstituição será marcada.
A investigação já ouviu cerca de 20 testemunhas. O cabo também foi ouvido e, ao final do inquérito, deve ser chamado novamente para prestar esclarecimentos.
Caso - Os policiais eram passageiros do ônibus que fazia o itinerário Naviraí/ Campo Grande. O papiloscopista estaria alterado, perturbando outros passageiros e aparentava estar embriagado.
O PM então se identificou e deu voz de prisão ao policial civil, que teria tentado sacar uma arma. Momento, em que o militar disparou três vezes contra o perito, que morreu no local.
Na delegacia, o PM ainda alegou que viu o perito se masturbando dentro do ônibus. O militar foi ouvido e liberado.
Em recente entrevista ao Campo Grande News, o delegado reforçou que nenhuma testemunha confirmou o fato de que o perito estaria se masturbando.
Inquérito Militar– O cabo Vagner está afastado dos serviços operacionais durante o inquérito militar aberto pela PM para apurar o caso. Enquanto isso, ele atua no setor administrativo da instituição.
O sub-comandante do quartel de Naviraí, tenente-coronel Natanael Bonato de Souza, informou que Vagner foi submetido a avaliação psicológica na semana passada, mas que o resultado ainda não saiu.
Vagner está lotado no quartel de Naviraí desde 2006. Ele estaria indo passar o Dia dos Pais com o pai, que mora em Campo Grande.
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