Por guardar no closet de seu quarto um revólver calibre .38, da marca Taurus, por aproximadamente 1 ano, o empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos foi condenado pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho, a prestar serviços a comunidade também por 1 ano.
O período é o mesmo que ele foi condenado a prisão pelo magistrado, pela posse ilegal da arma, porém, por ser primário, a pena de Amorim foi convertida no auxílio à comunidade.
Este revólver Taurus (em nome de terceiro) e outro revólver calibre .38 (este devidamente registrado), da marca Rossi, foram apreendidos durante cumprimento de mandados da Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal, em 9 de julho de 2015.
Na ocasião, Amorim, que era alvo de mandado de busca e apreensão, chegou a ser preso em flagrante por portar a arma de fogo ilegalmente, e só foi libertado depois de pagar fiança de R$ 10 mil.
Para a Polícia Federal, João Amorim havia revelado que ganhou a arma de um de seus funcionários. Em juízo, mudou de versão, e disse que um amigo havia esquecido o revólver em sua casa.
Sobre o revólver que está em seu nome, embora tenha sido absolvido desta acusação específica, responderá administrativamente na Polícia Federal por não manter o registro da arma atualizado.
O valor já pago da fiança, diga-se de passagem, será utilizado para pagar as custas processuais, determinou o magistrado da 1ª Vara Criminal.
Apesar de não ter ligação direta aos crimes apurados na Operação Lama Asfáltica, esta é a primeira condenação contra o empresário no contexto da investigação.
Amorim, dono da empreiteira Proteco, é acusado de comandar esquema de desvio de recursos federais em obras realizadas com recursos federais, e também de lavar dinheiro em outras atividades.
Além da empreteira que é proprietário e que atuou em diversas obras no Estado, como o Aquário do Pantanal, Amorim construiu "império" milionário de 15 fazendas, que tem valores estimados acima dos R$ 65 milhões.
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