Edivan Alfredo Araújo, 28 anos, acusado de estuprar e matar sua sobrinha, Monizia da Silva Araujo, de onze anos foi julgado e condenado a trinta e oito anos e três meses reclusão em regime fechado nesta quinta-feira (16). A sessão do júri iniciou às 08 horas e encerrou por volta das 16 horas com a leitura da sentença pelo juiz Marcel Henry Batista de Arruda.
O magistrado não concedeu ao réu o direito de recorrer da pena em liberdade e determinou o retorno para a penitenciária da cidade de Paranaíba.
Cerca de 40 alunos da Escola Estadual Santos Dumont acompanharam o julgamento, uma aluna fez o sorteio dos jurados. O Representante do Ministério Público estadual (MPE), Izonildo Gonçalves de Assunção Júnior, fez um apelo aos jovens presentes: “sigam o caminho do bem, fujam do caminho das drogas”.
Izonildo ao iniciar sua explanação de motivos que levaram o réu a condenação fez elogios a defensora pública Débora Maria de Souza. Disse reconhecer as dificuldades do caso, mas ressaltou a competência da advogada para trabalhar na defesa do réu.
Observou que o município de Costa Rica tem uma população na sua maioria carente e uma única defensora para atender essa população: “sei que ela tem trabalhado muito”.
Durante sua fala disse que após o velório de Monizia foi visitar Edivan na cadeia e perguntou a ele: “ o que você merece?” - e ele respondeu: “pagar pelo que fiz”. Izonildo disse ainda que a mãe da jovem pediu justiça: “estou aqui hoje para cobrar Justiça dentro da lei, pedindo a condenação do réu”, concluiu.
“Sou pai, era uma criança”. Assim Izonildo explicou as dificuldades do júri ao Hora da Notícia e ressaltou: “esse foi um dos Júris mais difícil tendo em vista a gravidades dos fatos , a forma brutal como foi cometido”.
“Demos uma resposta para a sociedade e para mãe que clamava por justiça, estou com a sensação do dever cumprido”, disse o representante do Ministério público.
Finalizou agradecendo aos funcionários, jurados e os policias militar que muitas vezes são discriminados e são responsáveis pelo policiamento “preventivo”.
Ele ressaltou a importância da imprensa na divulgação do trabalho do Ministério Público e do judiciário. Reafirmou a importância da liberdade de imprensa e observou: “a ditadura já acabou, é de fundamental importância para a sociedade e para nós da justiça mostrar nosso trabalho como resposta para a sociedade”.
A defensora Débora informou ao Hora da Notícia que vai analisar o processo para depois decidir se vai impetrar recursos junto ao Tribunal de Justiça do Estado para rever a pena.
“Ela defendeu a tese do “ Ciúme” Patológico para o crime. Segundo ela o crime não justifica mas o ciúme e uma doença. Disse ainda durante sua fala que o réu não tem antecedente criminais, é uma pessoa calma conforme testemunhas arroladas pelo MPE. Argumentou ainda que os laudos anexados ao processo são contraditórios . Hora da Notícia
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