Uma jovem de 19 anos e um rapaz de 21 foram presos nesta segunda-feira (26) suspeitos de agredirem um menino de um ano e sete meses até a morte em Corumbá, cidade a 426 quilômetros de Campo Grande. A jovem é a mãe e o seu marido é o padrasto da criança que deu entrada já sem vida na Santa Casa da cidade no último dia 17.
De acordo com o site Folha MS, o laudo da necropsia realizada na criança constatou diversos hematomas pelo corpo e atestou que a criança foi vítima de agressões físicas intensas que causaram a sua morte.
Na emergência do hospital, a mãe disse ao plantonista que o filho havia se engasgado com vômito. O médico desconfiou da versão apresentada, pois os relatos não eram condizentes com o diagnóstico da criança.
O caso posteriormente foi registrado na Delegacia da Infância, Juventude e Idoso de Corumbá, como morte a esclarecer. O delegado responsável pelas investigações, então representou pela prisão preventiva do casal que foi acatado pela Justiça.
Durante o depoimento, a mãe da criança informou que eles atualmente estariam morando com o pai do padrasto na Bolívia. Os policiais da 1ª DP de Corumbá monitoram os dois há alguns dias e na manhã desta segunda-feira (26), o prenderam na região central da cidade.
Em entrevista, o delegado Titular da 1ª DP de Corumbá, disse que o pedido da prisão foi motivado pelas provas periciais e depoimentos colhidos durante o inquérito.
“Na semana passada conversamos com eles logo após a morte da criança, foi negado as agressões apesar da existência de marcas antigas e recentes no menino, mas a mãe relatou que não tinha reparado nos hematomas e o caso começou a ser investigado como maus-tratos. Nesse primeiro momento, eles sempre alegaram que a criança teria se engasgado com o vômito, mas depois de ter acesso aos laudos e junto ao trabalho da perícia, somado aos depoimentos dos socorristas que atenderam a criança no pronto-socorro, deu para constatar que realmente essa criança apanhou e apanhou bastante por um certo período de tempo”, afirmou o delegado Pablo Gabriel.
“A causa da morte mesmo foi um trauma no fígado, então foi alguma pancada muito forte que essa criança sofreu fazendo com que o fígado se rompesse e provocasse hemorragia interna, esse é o motivo que consta na certidão de óbito emitida com embasamento no laudo pericial. Sendo assim, a tese apresentada por eles de que a criança engasgou com o vômito não condiz, não tem embasamento”, Concluiu.
O casal está preso na delegacia onde ainda serão ouvidos e posteriormente encaminhados para o presídio masculino e feminino de Corumbá, onde vão permanecer à disposição da justiça.
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