O desembargador José de Brito reduziu o bloqueio de bens dos ex-prefeitos de Campo Grande Nelson Trad Filho (PTB) e Gilmar Olarte (sem partido), além de ex-secretários e empreiteiras denunciadas em ação da Lama Asfáltica. Em outubro do ano passado decisão de primeiro grau indisponibilizou R$ 85,1 milhões. Agora, após alguns envolvidos entrarem com recurso para reverter a situação, o total caiu para 28,3 milhões.
De acordo com o desembargador o novo valor é equivalente aos danos materiais causados pelo suposto esquema para desvio de verba por meio da operação tapa-buracos na Capital entre os anos de 2010 e 2012, com continuidade em 2015, segundo ação ajuizada pelo MP-MS (Ministério Público Estadual).
No caso em questão o alvo da investigação foram os contratos firmados com a LD Construções LTDA. Sendo assim, os R$ 28,3 milhões são referentes aos que foi pago à empresa. “Afastando-se, neste momento, o relativo ao dano moral coletivo e multa”.
Envolvidos
Além dos ex-prefeitos, são réus: Semy Ferraz, André Scaff, Arnaldo Cafure, Asfaltec, Bertholdo Figueiró Filho, Cleber de Oliveira, Elias Lino, Fátima Rosa Cota Moral de Oliveira, Ivane Vanzella, João de Marco, João Parron Maria, Lucas Dolzan, Luciano Potrich Dolzan, Neli Oshiro, Marcela Lima Cunha, Michel Issa Filho, Múcio José Ramos Teixeira, Paulo Roberto Álvares Ferreira, Sylvio Cesco, Valtemir Alves de Brito, Therezinha Azambuja Ferreira, Almir Diniz de Figueiredo e João Carlos de Almeida. Além das empresas Tecnologia Em Asfalto Ltda., Equipe Engenharia Ltda., Ld Construções Ltda., Unipav Engenharia Ltda e Usimix Ltda.
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A ação que resultou no bloqueio de bens faz parte da série de processos ingressados pela força-tarefa da Operação Lama Asfáltica e foi ajuizada em junho deste ano.
Os promotores Adriano Lobo, Thalys Franklyn de Souza, Fernando Martins Zaupa, Tiago Di Giulio Freire e Cristiane Mourão Leal Santos, apontam que os contratos custaram aos cofres públicos mais de R$ 372 milhões.
Valor que, para eles, é extremamente elevado se comparado ao “péssimo estado de trafegabilidade” das vias de Campo Grande. A contratação excessiva foi firmada com pequeno grupo de empresas durante a gestão de Nelsinho e, segundo a denúncia, alguns foram retomados no período em que Olarte esteve à frente da gestão.
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