Peritos realizam a reconstituição do crime do adolescente morto.
Francisvaldo Miliomem, 27 anos e Gledson da Silva Santos, 31 foram a júri popular no último dia 22 de março na comarca de Costa Rica/MS. Eles eram acusados de matar o adolescente Fernando da Silva Dias, 17 anos a época. O crime aconteceu no dia 04 de junho de 2011. Os dois estavam em liberdade e foram absolvidos por maioria de votos proferidos pelo conselho de sentença composto por sete mulheres. O juiz presidente do júri, Francisco Solimon proferiu a sentença por volta das 17 horas.
Segundo a denúncia por volta de duas horas da madrugada do dia 04 os acusados avistarão a vítima na Rua Ailton Pereira Gonçalves, perto de sua residência, correram até ele, que fugiu, mas foi alcançado em frente ao bar denominado “Do Chicão” localizado na Rua Marechal Floriano Peixoto onde iniciaram o espancamento. Os acusados teriam utilizado uma cadeira para agredir a vítima que foi atingida diversas vezes tendo ficado com o rosto desfigurado.
Na época do fato os acusados negarem participação no crime, mas o Delegado Cleverson Alves dos Santos que exercia a titularidade da delegacia de polícia os indiciou uma vez que segundo o delegado havia encontrado provas suficientes para acreditar que os acusados haviam cometido o crime.
A vítima foi atendida na Fundação Hospitalar e em seguida transferido para a Santa Casa de Campo Grande onde faleceu no dia 09 de julho.
Os dois réus negaram participação no crime durante depoimento no Tribunal do Júri.
O promotor de justiça responsável pela acusação, Bolivar Luiz da Costa Viera requereu a condenação do réu Gladson por homicídio qualificado, motivo fútil e meio cruel. O promotor pediu absolvição de Francisvaldo Miliomem por entender que não havia provas contra o mesmo.
Bolivar informou ao Hora da Notícia, que não vai interpor recurso questionando a sentença de absolvição.
A defesa do réu Francisvaldo Miliomem foi exercida pela advogada Renatta Silva Venturini Carrijo. Trabalhou na defesa de Gledson Santos o advogado Ibio Antônio Corrêa. Ele informou ao Hora da Notícia que foi um trabalho duro, “o promotor trabalhou bem na acusação, mas o corpo juradas ficaram atentas as provas do processo e entenderam que havia fragilidades nas provas e absorveram os acusados”.
O juiz destacou durante a sessão que nos últimos três meses foram proferidas 400 sentenças, três sessões de júris e 88 audiências na primeira vara que ele assumiu como titular a três meses.
Ambos os acusados ficaram presos preventivamente, porém Francivaldo Milhomem teve a prisão revogada em seguida, já Gledson Santos ficou nove meses preso.
Elaine Custodio, esposa do réu Gledson disse ao Hora da Notícia: “estou feliz, meu marido é um homem bom”. Ela completou: “hoje vivemos em no Município de São Gabriel Doeste/MS, temos três filhos, subimos de vida temos casa e carros, estamos trabalhando”, finalizou.
A mãe de Gledson após a leitura da sentença se ajoelhou e agradeceu: “meu filho ficou preso nove messes, mas sempre acreditei que ele era inocente, estou muito feliz, sofri muito, mas não perdi a fé”, disse.
Os alunos da escola Santos Dumont assistiram à sessão do júri.
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