Dois prédios no Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, foram atingidos por um incêndio de grandes proporções na madrugada desta terça-feira. Um edifício de 24 andares, onde o fogo começou, desabou por causa das chamas. Ainda não há informações exatas sobre o número de mortos ou feridos, mas, de acordo com bombeiros, pelo menos uma pessoa morreu e outras quatro estão desaparecidas. A pessoa que morreu estava sendo resgatada por uma corda de aço, quando o prédio veio abaixo. Cerca de 90 famílias ocupavam o local na hora em que o incêndio teve início.
O fogo começou num apartamento do 5º andar, por volta de 1h20m, e se espalhou rapidamente, atingindo um edifício vizinho. O segundo prédio foi evacuado e, de acordo com os bombeiros, não há risco de desabar. Cerca de 160 homens trabalharam intensamente no combate às chamas. Pelo menos três quarteirões foram isolados para o trabalho das equipes.
A Defesa Civil está no local fazendo o cadastramento de 150 famílias que moravam, de forma precária, no prédio que desabou. O edifício, de acordo com testemunhas, é uma antiga instalação da Polícia Federal, que estava desativada e fora ocupada por essas pessoas.
À TV Globo, o coronel Max Mena, do Corpo de Bombeiros, falou sobre a vítima fatal. Segundo ele, o homem caiu no momento do desabamento, quando já havia no local equipamento de segurança. Como ele não foi encontrado, as buscas por seu corpo continuam. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Defesa Civil, da Companhia de Engenharia de Tráfego e da Polícia Militar também estão atuando noe acordo com o tenente André Elias, não há risco de desabamento para o outro prédio atingido pelo fogo, apesar dos danos estruturais.
Além desse edifício, a Igreja Luterana de São Paulo,que é um prédio centenário, ficou 80% atingida pelas chamas. Restaram o altar e a torre, disse o pastor da igreja em entrevista à GloboNews.
Em entrevista ao Bom Dia Brasil, o prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que boa parte das famílias que ocupavam o local era formada de estrangeiros (25%) e estava cadastrada em um programa de ocupação da prefeitura.
- Essas pessoas serão realocadas em outros lugares - afirmou.
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