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Polícia
21/11/2018 - 16:53
Mulher presa planejou assassinato em motel, aponta investigação policia
Foto: Paulo Francis
CGrandenews
Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, de 28 anos, confessou à polícia ter planejado o assassinato de Daniel Nantes Abuchaim, de 46 anos, o ex-superintendente de gestão de informação da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) na administração do ex-governador André Puccinelli. Segundo ela, o crime foi motivado por vingança a assédios cometidos contra ela e a esposa.
 
A suspeita foi presa na noite desta terça-feira (20) em Campo Grande. Com mandado de prisão preventiva já decretado, ela confessou ter levado Daniel ao motel já com a intenção de matá-lo, segundo as investigações. 
Para a polícia, a mulher afirmou que ela e a esposa estavam sofrendo assédio por parte do ex-superintendente e que a insistência dele em manter relações sexuais com elas a fez perder o sono na noite anterior ao crime. Decidida a parar com os assédios, segundo alegou, marcou um encontro com a vítima.
 
No início da tarde se segunda-feira, 19 de novembro, foi até a casa do ex-superintendente, que afirma ter conhecido há cerca de um ano "em uma balada". De lá, os dois foram para um motel na saída para Três Lagoas, região do Jardim Noroeste, no carro dela, uma Pajero.
 
Em depoimento, a mulher lembrou que esperou Daniel tomar um banho e o convidou para “fazer sexo no carro”, isso já para facilitar o crime, segundo ela. O homem entrou no banco do passageiro e ali foi esfaqueado. A vítima sofreu vários golpes na região na cabeça, pescoço e tórax.
 
Suja de sangue, Fernanda voltou ao quarto para se limpar e chegou a comprar uma toalha do motel. “Ela pagou a conta do quarto e pediu para deixar o portão aberto porque não queria parar na portaria”, detalhou o delegado Geraldo Marim, da 3ª Delegacia de Polícia Civil. De lá, dirigiu até a estrada vicinal às margens da BR-163, onde abandonou o corpo.
 
Após o crime Fernanda viajou até Bonito, mas afirmou ter se arrependido e voltou a Campo Grande, onde foi presa por policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações).
 
Apesar da versão defendida por Fernanda, o Campo Grande News apurou que uma dívida entre ela e o ex-superintendente teria motivado o assassinato. A situação não foi confirmada pela polícia, no entanto, o delegado afirmou que todas as informações serão checadas.
Investigação - No momento da prisão, Fernanda já estava com um mandado de prisão preventiva decretado. Ela foi identificada horas antes pelas equipes do GOI e da 3ª Delegacia de Polícia Civil através de imagens de câmera de segurança.
 
Conforme Marim, o fato de Daniel ter sido encontrado nu, enrolado em uma toalha, chamou atenção dos investigadores, que imediatamente começaram a percorrer todos os motéis da região da saída para Três Lagoas, até encontrarem o estabelecimento em que o crime aconteceu.
 
Ali, os policiais encontraram imagens do casal chegando ao local e também da assassina saindo cerca de uma hora depois. Pela placa do veículo, a investigação chegou a Fernanda. Câmeras de segurança também comprovaram os dois deixando a casa de Daniel minutos antes. Atendentes ainda reconheceram autor e vítima como clientes do motel.
 
Durante perícia, manchas de sangue foram encontradas no apartamento em que os dois estiveram. Para a polícia, a mulher alegou que as marcas foram deixadas no momento em que ela tentava se limpar para fugir. Agora, a polícia procura a faca usada no crime e os documentos e celulares da vítima, que foram descartados pela assassina. Caso é tratado como homicídio doloso - quando há intenção de matar.
    
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