As novas revelações do The Intercept sobre a chamada ‘Vaza Jato’ confirmam o que muitos já vinham dizendo: sempre houve uma articulação da força-tarefa com os Estados Unidos, que passaram a usar o combate à corrupção como instrumento de dominação geopolitica e de arrecadação.
Num dos diálogos, em que é cobrado pelo ex-juiz Sérgio Moro a realizar uma nova operação, o procurador Deltan Dallagnol afirma que ela dependeria de “articulação com os americanos”, ou seja, com algo relacionado provavelmente ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Como se sabe, a Lava Jato atendeu plenamente aos interesses econômicos e geopolíticos dos Estados Unidos, que levaram a Embraer, parte do pré-sal, recolocaram a Microsoft nas compras governamentais e passaram a ter no Brasil um presidente que bate continência para sua bandeira.
Adicionalmente, antes mesmo da conclusão de qualquer processo judicial, a Petrobrás se dispôs a pagar uma multa de quase R$ 10 bilhões aos EUA. Em contrapartida, Dallagnol, o mesmo da “articulação com os americanos”, teria uma fundação de R$ 2,5 bilhões para chamar de sua.
No Brasil, o que restou? Uma economia arrasada, construtoras quebradas, a imagem internacional no lixo e a percepção global de que o país mantém um ex-presidente como preso político. Ou seja: a guerra híbrida em ‘articulação com os americanos’ foi um case de sucesso.
O que me intriga agora é por que parte também dos Estados Unidos o movimento para ‘libertar o Brasil’ a partir das revelações de Glenn Greenwald e sua equipe. Será que os Estados Unidos, contentes com o petróleo e a Embraer, agora querem um Brasil-satélite que volte a funcionar?
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