Com o tempo de 23 horas 14 minutos e 55 segundos em 16 voltas, o ciclista canadense Cory Wallace conquistou seu terceiro título mundial de mountain bike ao vencer o Campeonato Mundial de Mountain Bike 24h Solo realizado neste final de semana na cidade de Costa Rica, a 375 km de Campo Grande. Antes ele havia vencido os mundiais de 2017, na Itália, e o de 2018 na Escócia.
O título de vice-campeão da prova masculina ficou com o brasileiro Mário Veríssimo, um goiano radicado em Brasília, com o tempo de 24 horas 34 minutos e 41 segundos e o total de 16 voltas. Ele desbancou o americano Taylor Lideen, vice-campeão mundial de 2018.
Visivelmente extenuado, Mário Veríssimo disse que era impossível avaliar qual foi seu momento mais difícil ao longo das 24 horas da prova, e que esperava conquistar o título do Mundial.
“Mas Deus sabe o que faz e talvez não fosse a hora. Estou muito feliz por representar bem o Brasil em uma competição internacional de alto nível e agradeço a todos que torceram por mim. Impossível dizer o momento mais difícil, acho que os 29 km do percurso”, frisou ele
No feminino, a italiana Gaia Ravaioli também confirmou o favoritismo ao vencer a prova com o tempo de 24 horas 17 minutos e 50 segundos em 14 voltas. Pedalou 406 km até a conquista do seu segundo título mundial. Antes ela havia conquista o título Mundial de Mountain Bike 24h Solo de 2017, realizado em seu país.
Na soma das suas 16 voltas no percurso de 29 km, Cory Wallace pedalou 464 km até a conquista do seu terceiro título consecutivo. Experiente, o canadense acertou até mesmo na sua previsão sobre o tempo de prova. No sábado, pouco antes da largada, ele disse ao Campo Grande News que o vencedor teria de pedalar mais de 450 km.
“Foi uma prova muito difícil com um percurso incrível, cheio de belezas naturais. Estou exausto, cansando e muito feliz. Me preparei para isso, mesmo com toda a diferença do ambiente que estou acostumado no Canadá e o que encontrei aqui na prova”, declarou Cory Wallace logo que cruzou a reta de chegada. “O calor foi um fator complicador, mas apenas durante o dia, e tive força para não se deixar abater”, ressaltou ele ao comentar sobre a temperatura na casa de 30 graus neste sábado e domingo em Costa Rica.
A italiana Gaia Ravaioli comemorou muito ao cruzar a reta de chegada. “Agora só quero festejar junto com o meu marido que me acompanha pelo mundo e está aqui comigo no Brasil”, declarou a ciclista. “Foi uma conquista especial não apenas pelas dificuldades da prova, mas também pela quantidade de bichos que vi pelo caminho. Muitos tucanos, gostei muito”, afirmou.
Bruno é um fenômeno na modalidade. Em sua estreia na prova, em 2016, cravou logo um segundo lugar, na segunda vez que disputou, em 2017, ficou em segundo e na terceira, em 2018, terminou em quinto lugar, e neste domingo entrou para a galeria dos campeões mundiais de mountain bike.
Os campeões embolsaram 2.500 dólares australianos (algo em torno de R$ 6 mil) pagos pela WEMBO (Organização Mundial de Mountain Bike Endurance), entidade com sede na Austrália, Itália e Escócia. Pelo regulamento, a premiação é paga até o décimo colocado nas categorias Elite Masculina e Elite Feminina, no mesmo valor para homens e mulheres.
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