O governador do Ceará, Camilo Santana, anunciou na noite deste domingo (6) que revogou a decisão que havia tomado horas mais cedo de relaxar a quarentena no estado. Por volta das 21h30, o governador havia dito que estariam liberadas as atividades de parte da indústria, comércio das áreas de limpeza, higiene e material de construção, além de feiras populares.
Já por volta das 23h50, Camilo Santana voltou a usar as redes sociais para afirmar que desistiu da flexibilização da quarentena. Ele argumentou que foi alertado pelo comitê que estuda a evolução do vírus no estado.
Com o novo anúncio, fica valendo até 20 de abril o decreto que proíbe o funcionamento de atividade não essencial:
Bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos congêneres;
Templos, igrejas e demais instituições religiosas;
Museus, cinemas e outros equipamentos culturais, público e privado;
Academias, clubes, centros de ginástica e estabelecimentos similares;
Lojas ou estabelecimentos que pratiquem o comércio ou prestem serviços de natureza privada;
Shopping center, galeria, centro comercial e estabelecimentos congêneres, salvo quanto a supermercados, farmácias;
Serviços de saúde no interior dos referidos dos estabelecimentos;
Feiras e exposições.
O Ceará é um dos estados mais afetados pela Covid-19, doença causada pelo coronavírus, o que acendeu o alerta do Ministério da Saúde. Conforme a pasta, a situação da doença no estado pode estar evoluindo para um crescimento descontrolado.
Foram mais de 800 casos confirmados no estado e 26 óbitos em decorrência da doença, conforme dados divulgados pela Secretaria da Saúde no Ceará neste domingo.
O decreto estadual foi publicado no dia 19 de março e havia sido prorrogado uma vez até o próximo domingo (5). O descumprimento das medidas prevê multa diária de até R$ 50 mil.
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