Os produtores de Costa Rica/MS estão focados em busca de uma solução para o controle da mosca Stomoxys calcitrans conhecida como “moscas do estábulo ou mosca da vinhaça” que há mais de 10 anos vem causando prejuízos nas propriedades rurais.
Eles ajuizaram uma ação denominada “obrigação de fazer” em 2015 contra BRENCO (COMPANHIA BRASILEIRA DE ENERGIA RENOVÁVEL) uma vez que a empresa é a gestora da usina que produz de álcool instalada no Município e responsável pelo derreamento do produto extraído do caldo de cana de cana-de-açúcar conhecido como VINHAÇA, que causa a proliferação do mosquito.
De acordo com os produtores para cada litro de álcool produzido são extraídos 13 litros de vinhaça que são descartados no solo.
O representante dos produtores rurais, João Santos Coelho de Oliveira disse ao Hora da Notícia no último dia 16 de junho que a situação de infestação do inseto não ocorre o ano todo, ela tem relação direta com o descarte da vinhaça, “infestação tem início após aproximadamente 20 a 30 dias contados depois que a USINA descarta o produto em meio a palhada (palha da cana) em quantidades superiores ao que o solo consegue absorver”.
O produtor Carlos Antônio Alves participou de uma ação no Ministério Público onde um grupo de produtores pede SOCORRO para esse grave problema: “não pode mais passar despercebido pelas autoridades, solicitamos os responsáveis pelas fiscalizações e perícia na região onde ocorre o fato” Disse espera agilidades do Ministério Público, ele ressalta não estão buscando ganhos ou indenização financeira somente o direito em exercer a atividade pecuária.
Ainda de acordo com ele, os animais sofrem, a picada incomoda é dolorosa, os animais se agrupam, não comem, não bebem, a infestação só acaba após cerca de 40 dias, “isso pode ter relação direta com a atividade irregular da Usina, uma vez que logo após e antes da formação de lagoas e poças de vinhaça em meio à palha da cana não há infestação de moscas”.
Os produtores são unânimes em afirmar que a infestação da mosca ocorre nessa época do ano: “é desleixo da Usina ou quem sabe como represália pelo fato dos produtores não mais aceitarem suas promessas protelatórias”.Os animais sofrem a picada incomoda é dolorosa, se agrupam, não comem, não bebem.
Ministério Público:
Os produtores protocolaram no MP (Ministério Público Estadual) no último dia 10 junho petição solicitando à promotoria que abra procedimento para apurar o que foi relatado tendo em vista à gravidade dos fatos.
De acordo com os relatos há indícios da ocorrência de diversos crimes, em especial ambiental, mas também corrupção ativa, passiva, e possível improbidade administrativa.
Os produtores pedem para que de forma imediata, seja determinada a realização de auto de constatação e/ou perícia no sentindo certificar a veracidade dos relatos e afirmações tendo como certo que tal ocorrência relatada tem relação direta com o descarte da vinhaça
Ação na justiça
Os produtores observam que há uma ação tramitando na 2ª Vara Cível de Costa Rica (autos n° 0001648-56.2015.8.12.0009) para obrigar que a empresa assuma as responsabilidades na contenção do problema.