O governo federal ampliou em 9,7% o valor dos jetons pagos a servidores militares de janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período de 2019. A cifra subiu de R$ 471 mil para R$ 517 mil.
Jetons são pagamentos feitos a servidores por participarem como representantes da União em Conselhos de Administração ou Conselhos Fiscais de empresas controladas direta ou indiretamente pelo governo.
A alta no valor pago a militares contrasta com o movimento que ocorreu com os funcionários civis, para os quais o governo reduziu neste ano o pagamento de jetons: foi R$ 9,2 milhões. Isso equivale a 17,5% a menos que os R$ 11,2 milhões de 2019.
DISPARAM EM 2018
De 2017 para 2018, os gastos com jetons militares subiram 675%. Até novembro de 2017, só 5 recebiam o benefício. A partir do mês seguinte, entrou em vigor novo estatuto jurídico das empresas estatais, que aumentou a quantidade de cargos.
Esse movimento continuou no 1º ano do governo de Jair Bolsonaro. No total, os oficiais receberam R$ 904 mil em 2019, recorde desde 2013, início da série histórica disponível. Se os pagamentos de 2020 continuarem superiores aos do ano passado, baterão 1 novo recorde.
São as empresas:
Emgepron – fornece tecnologia para projetos da Marinha;
Nuclep – fabrica componentes para usinas nucleares e construção naval;
Amazul – fornece tecnologia ao Programa Nuclear Brasileiro e ao setor nuclear da Marinha;
Imbel – produz munições de armas de fogo.
Dentre os ministros militares do governo, Bento Albuquerque (Minas e Energia) foi o único que recebeu jetons nesse período. Desde que assumiu o cargo que ocupa, recebeu R$ 85 mil. Procurada pelo Poder360, a sua assessoria enviou cópias dos estatutos das empresas das quais ele recebe permitindo o acréscimo.
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