Prédio Comarca de Costa Rica A polícia e o Ministério Público Estadual de Costa Rica estão trabalhando para esclarecer o assassinato do advogado Nivaldo Nogueira de Souza, morto por dois pistoleiros. O delegado que investiga o caso, Arivaldo Teixeira só não fechou o quebra-cabeça da investigação porque um elemento investigado pelo crime, com mandado de prisão temporária expedido pela Comarca de Costa Rica, foi preso e solto em Brasília/DF, o que atrapalhou o esclarecimento do assassinato. David Silva Rozenda, 26 anos, conhecido pelo apelido de “lagoa” é investigado como suspeito de participar do crime. O Hora da Notícia apurou que ele foi preso no último dia 20 por volta das 04 horas da madrugada por uma equipe de policias do Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Seqüestros) com apoio de policias do DOE (Delegacia de Operações Especiais, da 23ª delegacia de Ceilândia no DF). O Hora da Notícia apurou ainda que a Juíza substituta da 2ª vara da Comarca de Brasília, Vanessa Duarte Seixas, mandou soltar David no dia seguinte, às 23 horas. Ele deixou a prisão e sumiu. A juíza justificou o relaxamento da prisão que havia sido expedida pela Comarca de Costa Rica alegando não ter sido comunicada antes da prisão: “não foram cumpridas as formalidades administrativas para o ato”- escreve a juíza na sua decisão. O delegado Arivaldo Teixeira ao saber da prisão ligou para o Juiz da Comarca de Costa Rica e solicitou ajuda no sentido de manter David preso e agilizar sua transferência para Mato Grosso do Sul. As autoridades tentaram o contato via telefone com a juíza, mas não foram atendidos. A juíza mandou soltar o preso. Promotor de Justiça da Comarca de Costa Rica, Izonildo Gonçalves de Assunção Júnior informou ao Hora da Notícia que manteve contato com os responsável pela delegacia de Brasília o tempo todo em que David permaneceu preso. Ele observou que a juíza deveria ter determinado o cumprimento do mandado: “o que a juíza deveria ter feito é determinado o cumpra-se”. Segundo ele, ligou para o promotor de justiça em Brasília, Clovis Ribeiro Chaves, na noite de domingo (21) para através dele manter contato com a Juíza, no sentido de manter David preso até a segunda-feira, já que a juíza não atendia ao telefone. O juiz da Comarca de Costa Rica, responsável pelo caso, também tentou varias vezes conversar via telefone com a juíza, mas não conseguiu completar as ligações e a magistrada não retornou. Izonildo ligou para o Procurador Geral de Justiça, Miguel Vieira da Silva, e comunicou o fato. “Insegurança” O crime do advogado foi classificado como execução. Ele foi morto com um tiro na cabeça disparado a queima roupas. Izonildo quer condições de trabalho e disse que todos que trabalham na investigação estão correndo riscos de serem as próximas vítimas. “Estamos todos correndo riscos, precisamos condições para trabalhar”- disse. O promotor informou que irá pedir um grupo especial de policias para ajudar nas investigações. O delegado Arivaldo além de investigar o assassinato ainda tem centenas de outras ocorrências para cuidar e conta com quatro investigadores. David continua com mandado de prisão temporária em aberto. Não foi mantido preso por uma questão de formalidades burocráticas. Faltou comunicação da magistrada com os colegas de Costa Rica. O inquérito policial tramita em segredo de justiça, assim como as decisões judiciais. Autoridades disseram ao Hora da Notícia que o relaxamento da prisão de David causou muitos prejuízos para as investigações. Acusados O Hora da Notícia apurou que a polícia já tem o quebra cabeças do crime montado. Quatro pessoas são investigadas. A polícia colheu diversas provas, e suspeita que o crime contou com um mandante, um intermediário e dois executores. Hora da Notícia
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