Escritório da Empresa Brenco em Costa Rica Falta de dinheiro e a possibilidade de ser incluída na "lista suja" do Ministério do Trabalho, acusada de trabalho escravo, fez a Brenco (Companhia Brasileira de Energia Renovável) adiar o projeto de construção da usina de etanol (álcool) em Costa Rica, conforme informou a assessoria de imprensa ao Hora da Notícia nesta quarta-feira (01). A empresa demitiu ontem (01), 320 trabalhadores.
Segundo o diretor financeiro da companhia, Alfredo Freitas, a empresa busca R$ 530 milhões junto aos bancos, entre eles o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é o principal acionistas da Brenco através do BNDESPar.
Sem dinheiro a empresa adiou o projeto de construção da usina em Costa Rica para o fim do ano de 2010.
A Brenco prevê colocar em operação no fim deste semestre suas duas primeiras usinas de álcool. No entanto, com a escassez de crédito, decidiu adiar o projeto de Morro Vermelho, em Goiás, para outubro, e o de Alto Taquari, Mato Grosso, para o início de 2010, de acordo com Freitas.
Paralelamente ao revés financeiro, a companhia entrou em uma disputa na Justiça em maio último para se manter fora da "lista suja" do Ministério do Trabalho.
No início do ano passado, a companhia foi acusada de manter 17 trabalhadores em condições degradantes em suas usinas em construção, nos Estados de Mato Grosso e Goiás. A Brenco nega todas as acusações. A lei ordena que o nome da companhia denunciada permaneça no cadastro por pelo menos dois anos após a infração cometida.
Nessas condições, a empresa fica impedida de acessar linhas de financiamentos de instituições ligadas ao governo, como o banco BNDES. Matéria editada as 13:57 do dia 03/07/09 para correções Hora da Notícia
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