Acima imagem de satélite onde localiza 8 dos 10 casos de Raiva em Cassilândia e Paranaíba que foram confirmados desde jul de 2020. Todos estes têm em comum a localização em região de morro (local com grande oferta de possíveis abrigos aos morcegos em especial ao morcego hematófago).
Continuando na região Norte do MS, entre jul 2019 e set de 2020 foram confirmados 29 casos de Raiva nos municípios de Costa Rica, Paraíso das Águas e Chapadão do Sul nas margens dos Rios Sucuriú e Paraíso e seus afluentes. Mesmo com atuação das equipes da Iagro com neste mesmo período com a vigilância em 589 propriedades rurais, vistoria de 163 abrigos e captura e controle de 505 morcegos hematófagos transmissores da Raiva, estima-se que a doença tem causado a perda de aproximadamente 100 animais.
Em Aquidauana (região que realiza vacinação contra Raiva com frequência) foram confirmados 2 casos de Raiva em Aquidauana, sendo 1 na região do CEPA/Camisão em dez/20 e outro em Cipolândia jan/21 com o relato de 10 animais mortos.
Se compararmos as duas situações (região Norte e Aquidauana), é possível verificar que quando uma região (várias propriedades) realizam a vacinação contra a Raiva com frequência, o impacto na quantidade de casos confirmados e de animais mortos é bem menor.
Por isso é importante que toda propriedade rural localizada em regiões de risco (propício para moradia dos morcegos, como morraria, margens de grandes rios), ou com presença de animais com sugadura por morcegos, deve realizar a vacinação preventiva dos animais de sua propriedade como forma de evitar grandes prejuízos. Outra medida importante no controle e prevenção da Raiva, o controle da população dos morcegos hematófagos. Para isso é imprescindível que o produtor comunique o conhecimento de possível abrigo à Unidade Local da Iagro mais próxima da sua propriedade.
Lembramos ainda que a Raiva é uma zoonose fatal e que não tem cura. Portanto sempre que identificar algum animal com sintomatologia nervosa (perda de apetite, salivação, andar cambaleante, não consegue se alimentar nem se movimentar e vem a óbito entre 3 e 7 dias) não manusear o animal e comunicar à Iag
Fábio Shiroma
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