Mato Grosso do Sul retomou a negociação para adquirir doses por conta própria da vacina Coronavac. O motivo é "a lentidão do Governo Federal" no repasse de novas remessas do plano nacional de vacinação, informou ao Campo Grande News o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, nesta manhã de sábado (6).
De acordo com Geraldo, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ligou ontem (5) à tarde para o governador paulista João Doria, também do PSDB, e pediu que o Butantan - que é ligado ao Governo do Estado de São Paulo e participou do desenvolvimento do imunizante - venda 1 milhão de doses ao Mato Grosso do Sul.
A resposta oficial ainda não foi dada e nem há prazo para tal, mas a reabertura da negociação entre SES (Secretaria de Estado de Saúde) e Butantan já foi determinada como prioridade por Reinaldo. Mato Grosso do Sul possui R$ 100 milhões reservados para a compra e até o momento conseguiu vacinar 2,54%, um dos maiores índices do país.
"Mesmo assim, é muito pouco. Lá em Israel só quando atingiram 30% de imunização é que houve redução das internações, na casa dos 60%", explica o secretário, completando ainda que apesar de estar em curva local decrescente, a doença exige atenção.
Ele também aponta que a covid-19 é caracterizada, principalmente, pelo inesperado. "De uma hora para outro, o quadro reverte e piora. E com essas novas variantes em circulação, é certo que vai chegar aqui uma hora", alerta Resende.
Geraldo ainda diz que, apesar de haverem R$ 100 milhões reservados para aquisição de doses, não há estipulado ainda quanto devem custar tais vacinas. Em dezembro, quando as primeiras negociações aconteceram, o governo sul-mato-grossense pretendia comprar 1,7 milhões de doses, e ficaria na fila de espera junto a outros 11 estados.
A movimentação para aquisição por conta próprio de imunizante contra a covid-19 já foi sinalizada por Geraldo durante a live da SES, transmitida pelo Facebook. Ele afirmou ainda que governadores se reuniram com a embaixada chinesa para tentar agilizar a importação do princípio ativo usado na fabricação das vacinas.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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