Residencial Flor do Cerrado
A esperança de serem proprietários da casas em que moram alimenta 30 famílias que residem no bairro “Flor do Cerrado” em Costa Rica/MS. As casas foram entregues a cerca de dois anos destinadas á essas família pelo programa conhecido como “Aluguel Social”, são famílias carentes morando em um espaço de 46 metros construído, com filhos e até netos, sem poderem aumentar a edificação da residência uma vez que está previsto em contrato firmado com a prefeitura detentora do empreendimento que não é permito qualquer alteração.
As residências foram construídas pela prefeitura em parceria com o Governo do Estado por meio da Agehab (Agência de Habitação Popular) para essas famílias, porém destinadas em “regime de comodato” (regime de empréstimo temporário). No caso dessas famílias as casas foram emprestadas pelo prazo de dois anos podendo ser renovado dependendo de avaliação do poder público. As famílias pagam o valor de R$ 30 reais todos os meses para a prefeitura de acordo com o contrato.
As famílias vivem um grande dilema, a preocupação de a casa ser retomada pela prefeitura a qualquer momento uma vez que eles não podem se ausentar do imóvel, como muitos deles trabalham em fazendas e chega a ficar dias longe de casa, começam as surgir denuncias para a prefeitura informando que o morador está ausente.
Segundo as informações a Secretaria Municipal de Assistência Social realizará periodicamente, a cada dois anos, avaliação social do núcleo familiar do beneficiário para verificar a manutenção de seu enquadramento nos requisitos do programa e emite laudo de avaliação atestando as informações.
O Hora da Notícia conversou com algumas dessas mães de famílias no último dia 16 fevereiro e constatou que as dificuldades são muitas, porém elas não perderam a esperança ter a propriedade da casa em definitivo.
A dona Maria do Carmo Pereira, 46 anos trabalha como diárista, o marido é auxiliar de pedreiro. Ela tem duas filhas, uma está grávida, eles moram no residencial desde que foi entregue em 2019.
Maria, disse estar esperançosa que o novo prefeito passe a casa para ela, “eu sendo a dona posso fazer mais um quarto, fazer muro, ganho pouco, mas sou muito feliz aqui, preciso muito da casa”.
Lucivania Rodrigues,34 anos é outra moradora que trabalhava como manicure, mãe de cinco filhos sendo um 16,15,10, 7, e 6 anos, e uma neta de um ano de idade. Ela contou que tem depressão e não pode trabalhar, “espero que a casa seja passada para o meu nome, pois não tenho condições de pagar aluguel, também trabalho com ajudante na construção civil”. A família vive com um salário mínimo (R$ 1.100,00) .
“Se Deus abençoar e o prefeito entender que deve passar para nosso nome vou fazer de tudo para aumentar a casa, fazer o muro, tenho problemas sérios dentro de casa com meus dois filhos, o de seis anos, ele é imperativo e o de dezesseis anos tomou um rumo muito triste, me sinto humilhada, sempre tem alguém fazendo uma conversa, estamos sem serviço”. Relata Lucivania.
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