Os deputados Zé Teixeira (DEM), Pedro Kemp (PT) e Barbosinha (DEM) exigiram da Secretaria Estadual de Saúde explicações sobre a contratação de empresa terceirizada, orçada em R$ 16,8 milhões, para a distribuição de medicamentos às Secretarias de Saúde Municipais, em troca de um serviço já existente, com valor bem abaixo do custo contratado.
O assunto foi puxado por Zé Teixeira durante tribuna virtual desta quinta-feira (17), que explicou que a atual forma de distribuição pode ser melhorada, com investimentos bem menores que a nova contratação. “Calculei por cima que lá tem 11 funcionários, devem gastar em média R$ 55 mil com salário. Usam um prédio que já existe, construído com recurso federal. Então achei estranho terceirizar tudo, sendo que ficaria bem melhor e mais barato apenas adequar, contratar mais funcionário, com gestão séria e bem feita. Segundo a imprensa, seria terceirizado devido a pandemia, mas se a pandemia atrapalha os atuais funcionários, também vai atrapalhar qualquer empresa distribuidora”, ponderou.
Barbosinha leu uma das matérias publicadas na imprensa, em que diz que a empresa vai trabalhar por um ano e que a diferença do que ocorre hoje é que os pacientes não vão mais retirar os medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde, mas sim serão entregues direto na casa dos beneficiários cadastrados. “Pode até parecer uma evolução profissional, mas é uma preocupação, por que será que prevê a orientação de como esses medicamentos serão usados como tem hoje?”, questionou.
Zé Teixeira reforçou que é preciso que a Assembleia Legislativa peça explicações e que o Ministério Público avalie. “Os funcionários de lá me disseram ainda que existe um sistema do Governo Federal implantado que funciona 100%. A maior felicidade da população é pegar o remédio gratuito. Não medem esforços para ir buscar, vão até na Justiça. Então não me cheira bem, pois quem será o farmacêutico responsável? Precisa de um esclarecimento melhor. Adequar o que já existe é melhor, porque o custo hoje é muito inferior”, ressaltou.
Segundo o deputado Pedro Kemp (PT), ele também recebeu a denúncia do valor considerado exorbitante. “Queria respaldar as palavras do Zé Teixeira, porque o Estado estaria terceirizando sendo que já existe esse serviço montado e em funcionamento, com uma terceirização de valor exorbitante, sendo que os farmacêuticos não estão entendo o porquê. Estão revoltados e dizem que dão conta. Dinheiro gasto de forma desnecessária, desperdiçado, que poderia ser usado para comprar mais medicamentos também”, finalizou.
Fernanda Kintschner
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