O Banco Central do Brasil analisou o crescimento econômico das regiões brasileiras no quarto trimestre de 2021 a partir do Índice de Atividade Econômica Regional – IBCR.
O Centro-Oeste se destacou com o maior crescimento entre as regiões, com taxa de 0.9% enquanto as regiões Nordeste e Sul ficaram com taxa de 0.3%, o Norte com -1.0% e o Sudeste -0.4%.
A partir do IBCR as consultorias elaboraram projeções estaduais, e uma delas foi a tendência que projetou crescimento de 3.1% para o estado do Pará, Mato Grosso e Rondônia devem crescer 1,8% e Mato Grosso do Sul tem previsão de crescimento de 1,6%.
O ano de 2020 foi marcado por forte queda dos PIB nacional e consequentemente dos estados, em 2021 uma retomada em “V” que permitiu recuperar os patamares antes da pandemia e, em 2022, espera-se que a heterogeneidade dos estados seja novamente uma vertente do nosso crescimento.
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são destaques no agronegócio, na indústria de transformação e na forte retomada do setor de serviços.
O grande ganho no Valor Bruto da Produção – VBA realmente foram as commodities, com alta demanda externa e oferta cada vez menor pelo mundo, os preços subiram e as receitas geradas pela produção compensaram as perdas ocorridas pela falta de chuva, crise hídrica e custos mais altos.
Algumas especificidades dos dois estados, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, elevaram as projeções de crescimento, esses pontos devem ser de atenção para a escolha dos novos governadores e suas equipes econômicas, e, também do presidente da república, pois, são decisões que impactam diretamente no desenvolvimento:
Estratégias de atração de investimentos privados: os marcos legais federais e os marcos jurídicos locais podem modelar projetos de infraestrutura pública com parcerias privadas, transformando a matriz econômica em matriz estratégica e digital;
Liberdade Econômica: facilitar a criação de novas empresas, facilitar a manutenção das empresas existentes, reduzir as burocracias e transformar documentos físicos em digitais e em tempo real;
Ambiente de Negócios: Tornar o estado mais seguro, contra invasões, contra problemas com a propriedade privada, elevar o nível de capacitação das pessoas, melhorar a infraestrutura de negócios, criar redes de networking e inovação, e, por fim reduzir a intervenção do estado na economia.
Esses três pontos foram passivos de melhoria para projetar um melhor PIB em 2022, há muito o que fazer, e já temos o caminho para 2023, só depende de nós.
Michel Costantono
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