Eduardo Riedel
Mato Grosso do Sul vai liderar o crescimento entre os estados com o agronegócio em ascensão, conforme levantamento realizado pela consultoria MB Associados aponta que o PIB (Produto Interno Bruto). De acordo com o estudo divulgado no domingo pelo jornal Folha de São Paulo, com o avanço dos preços das commodities, parte dos estados produtores deve se beneficiar com a alta nos preços desses produtos ao longo da pandemia. No acumulado de 2020 a 2022, Mato Grosso do Sul tem projeção de crescimento de 4,9%, seguido por Tocantins, com 4,7%, e Goiás, 4,5%.
Para o ex-secretário de infraestrutura de MS e pré-candidato ao governo do Estado, Eduardo Riedel (PSDB) a projeção do PIB mostra a força da economia de Mato Grosso do Sul, resultado do desempenho das atividades econômicas e da solidez fiscal. “Quando falamos em crescimento e desenvolvimento, não é da boca pra fora. E se falamos em gestão séria que dá resultado, não somos nós que medimos esses resultados. O estudo da consultoria MB Associados mostra que MS é o Estado que mais cresceu na última década. E para crescer e superar a crise que o Brasil enfrenta há muitos anos, não tem fórmula mágica. É trabalho, gestão séria, reformas e parcerias com os 79 municípios, para que juntos, façamos ações que vão impactar de fato a vida do cidadão. Afinal, números positivos como estes só representam vitória quando o cidadão é beneficiado também. É assim que pensamos e fazemos gestão”, Afirma Riedel.
Outro ponto importante mencionado pelo ex-secretário foi que as reformas administrativa, previdenciária e fiscais implementadas ao longo dos últimos sete anos tornaram Mato Grosso do Sul um Estado equilibrado financeiramente, capaz de cumprir obrigações básicas, como o pagamento de salários do funcionalismo e ainda fazer investimentos.
Riedel lembra que os bons indicadores sociais, como os índices de emprego, são reflexo do crescimento econômico, da resposta do setor produtivo, da crescente taxa de abertura de novos empreendimentos.
Para 2022, a estimativa da MB Associados de crescimento do PIB de MS é de 1,4%. No mês passado, o Boletim Focus, editado pelo Banco Central com base em levantamentos da Tendência Consultoria, já havia sinalizado avanço do PIB regional, atribuindo a MS uma previsão de crescimento de 1,6%. De acordo com a Consultoria do BC, o Pará deve crescer 3,1%, Mato Grosso e Rondônia devem crescer 1,8% e Mato Grosso do Sul tem previsão de crescimento de 1,6%. No ano passado o PIB de MS registrou crescimento de 3,1%, depois de amargar retração de -1,6% em 2020.
Para a MB Associados, o impacto da valorização das commodities na pandemia já indicava o avanço do PIB nos estados atrelados ao agronegócio. Outro ponto positivo para Mato Grosso do Sul é o setor florestal. Assim como o Espírito Santo, Mato Grosso do Sul conta com uma base forte de celulose, que também tem o efeito da valorização das commodities na taxa de crescimento da economia.
Dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o PIB dos estados são referentes a 2019. A MB busca estimar o desempenho com a pandemia em curso nos anos seguintes.
No caso do PIB nacional, os resultados já conhecidos vão até 2021. Conforme o IBGE, o indicador despencou 3,9% no país em 2020. Após a queda no ano inicial da pandemia, houve alta de 4,6% em 2021. Em 2022, a MB projeta uma estagnação do PIB nacional. Ou seja, a expectativa é de variação nula, de 0%.
No acumulado de 2020 a 2022, 15 unidades da Federação —14 estados e o Distrito Federal— devem registrar variação superior à do PIB brasileiro, segundo a MB. Em relação a este ano, a maior alta prevista é para o Tocantins, de 1,7%, após projeções de recuo de 1,6% em 2020 e de avanço de 4,6% em 2021. Na sequência, aparecem Mato Grosso do Sul e Goiás. Em ambos os casos, o crescimento esperado em 2022 é de 1,4%. Já no acumulado, a maior alta deve ser de Mato Grosso do Sul (4,9%) seguido por Tocantins 4,7%)
Ranking da produção
Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE aponta que entre as unidades da Federação, Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 30,8%, seguido pelo Paraná (13,8%), Rio Grande do Sul (9,2%), Goiás (10,4%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (6,5%), que, somados, representaram 79,0% do total nacional.
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