Ex-ministro da Secretaria de Governo na gestão de Michel Temer, o ex-deputado Carlos Marun (MDB) garantiu que, embora ainda sem data para conversa oficial, a senadora Simone Tebet (MDB) terá palanque em Mato Grosso do Sul junto ao ex-governador André Puccinelli (MDB), que lançou pré-candidatura visando retornar ao cargo.
A emedebista foi escolhida como pré-candidata para disputar a Presidência da República com apoio do PSDB e Cidadania, dando forma à terceira via.
“Ela vem em um processo de consolidação de sua candidatura que já está bastante avançado, e ela sendo candidata terá palanque em Mato Grosso do Sul. Aonde estiverem PSDB, Cidadania e MDB, certamente, estará Simone”, disse Marun ao Correio do Estado na tarde desse domingo. No entanto, embora aliança nacional tenha sido firmada, regionalmente o cenário não é o mesmo.
O PSDB, por exemplo, tem o ex-secretário de governo Eduardo Riedel como pré-candidato. O tucano apoia o nome de Jair Bolsonaro (PL) para reeleição, inclusive tem acompanhado a ex-ministra da Agricultura, deputada federal e pré-candidata ao Senado Tereza Cristina (PP) nas andanças pelo Estado.
A parlamentar está sendo cotada como possível vice na chapa de Bolsonaro.
Para Marun, no entanto, isso não é um problema. “Deve ser compreendido que nessas candidaturas podem ter partidos que tenham outros candidatos a presidente e poderão utilizar esses palanques para fazer a exaltação desses candidatos”, avaliou.
PARCERIA ANTIGA
Até o momento Puccinelli não falou publicamente sobre a escolha de Simone para corrida presidencial, mas Marun garante que ambos “conversam entre si constantemente”. Eles foram parceiros de governo no mandato de 2011 a 2015, como governador e vice-governadora.
A amizade desandou quando Simone voltou atrás na candidatura ao Executivo na qual substituiria Puccinelli, que foi preso pouco antes do início da campanha eleitoral de 2018.
Sobre reunir Simone e correligionários sul-mato-grossenses, Marun afirmou que a equipe de campanha da senadora está em fase de formação, mas o assunto já foi colocado em pauta com os presidentes das executivas nacionais do PSDB e MDB, Bruno Araújo e Baleia Rossi, respectivamente. Assim que as questões estiverem resolvidas, haverá reunião em Mato Grosso do Sul.
Após ser ministro no governo de Michel Temer (MDB), Marun chegou a fazer parte da gestão de Bolsonaro como integrante do Conselho da Itaipu Nacional em maio de 2020. Um ano depois, foi exonerado.
Questionado sobre seu apoio, ele foi categórico “sem dúvidas votarei na candidata do partido”.
JÉSSICA BENITEZ/CORREIO DO ESTADO
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