As denúncias de assédio sexual contra o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, vieram à tona nesta terça-feira, 28, mas a cúpula de comando do banco estatal sabia do que estava acontecendo - e agiu para acobertas os casos, informa a coluna de Ana Flor, da TV Globo.
Segundo a jornalista, os primeiros casos foram registrados nos canais de denúncia da Caixa em 2019, ano em que Guimarães assumiu como presidente do banco.
Além de terem sigo ignoradas, as denúncias geravam consequências para as vítimas. De acordo com Ana Flor, as denunciantes eram transferidas, recebiam cargos em outros locais ou ficavam temporadas no exterior. Já quem ajudava a encobrir os casos de assédio recebia promoções dentro do banco.
Assédio moral
O clima no banco estatal sob o mandato de Pedro Guimarães era difícil não somente para as mulheres. Executivos da estatal deixaram seus cargos, segundo a coluna, por não compactuarem com o ambiente tóxico que, além de importunações sexuais, também incluía assédio moral.
Xingamentos e gritarias eram comuns da gestão de Guimarães. Os canais de denúncias, entretanto, também eram pressionados pelo presidente do banco, o que minava reações.
O caso
O portal Metrópoles publicou nessa terça-feira que o executivo é investigado pelo Ministério Público Federal por suposto crime de assédio sexual.
As denúncias foram feitas por funcionárias da Caixa Econômica Federal. Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco.
Em nota, a Caixa informou que não tem conhecimento sobre as denúncias de assédio sexual contra Guimarães e que tem protocolos de prevenção contra casos de qualquer tipo de prática indevida por seus funcionários.
"A Caixa não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo. A Caixa esclarece que adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio. O banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de 'qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça', informou, em nota ao site.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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