Advogadas de defesa do ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD), Rejane Alves de Arruda e Andrea Flores disseram em coletiva nesta terça-feira (26) acreditar fielmente que as denúncias feitas contra o pré-candidato ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul nas eleições deste ano têm cunho "vergonhosamente político" para estragar a campanha, com direito a suposto mandante.
Ambas tiveram acesso ao inquérito, enquanto ainda eram quatro as denunciantes. De acordo com a delegada Maíra Pacheco, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) que comanda as investigações de crimes de assédio sexual, mais mulheres teriam feito denúncias. "Temos provas, vídeos, prints e pix que estamos juntando ao inquérito e temos certeza que há uma armação", disseram as advogadas.
Armação com cafetinas
Para Arruda e Flores, é certo que houve uma armação com cafetina e garotas de programa para tentar imputar ao ex-prefeito uma denúncia de assédio sexual quando houve, de fato, ato sexual consentido. "Não estamos aqui para fazer julgamento [da profissão das denunciantes], mas para esclarecer o que está acontecendo".
Elas afirmam que todas as quatro mulheres têm entre 30 e 31 anos e também fizeram um canal de denúncias para que pessoas que tenham sido aliciadas politicamente para prestar testemunho na delegacia entrem em contato. O telefone é 67 99968 5685.
Conversa com Videira
Sobre as supostas mensagens entre Marquinhos Trad e Carlos Videira, Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública de MS, as advogadas explicam que houve atrito entre as partes e que Marquinhos teria lembrado ao secretário que o inquérito foi arquivado em 2018.
"Tanto não houve nada que o pedido de medidas protetivas de urgência foi indeferido. Nós só pedimos para que da mesma forma que teve seletividade para a polícia investigar de forma rápida, que também tenha para provar a inocência do Marquinhos. O que ele reconhece é que teve relação sexual com duas delas. Mas de forma consensual", reitera Andrea Flores.
Evelin Cáceres e Anna Gomes
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