O pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad, do PSD, por meio de sua assessoria de imprensa, distribuiu um vídeo em que o ex-prefeito de Campo Grande diz que vai acionar o MPF (Ministério Público Federal) e a justiça estadual pedindo investigação acerca da denúncia de assédio sexual que envolvera.
As denúncias correm na Polícia Civil, que apura o caso. Depoimentos de mulheres que teriam sido assediadas indicam que o ex-prefeito propunha às vítimas sexo em troca emprego. Casos teriam ocorrido no gabinete do ex-prefeito.
"Meus amigos, minhas amigas, vocês já devem ter ouvido as notícias de um inquérito policial que está sendo montado contra mim. Denúncias caluniosas que visam me atingir e a minha família. Depoimentos comprados com provas abundantes dessa arma são vazados de forma seletiva e em tempo recorde. Secretários, agentes públicos correndo atrás de mulheres, oferecendo dinheiro e favores para me acusar", diz Marquinhos logo no início do vídeo.
O pré-candidato, cujo partido promove nesta sábado (30) a convenção partidária que o legitima candidato ao governo diz ter sido vítima do que chamou de armação.
"Temos provas de toda essa armação, tudo já devidamente entregue à justiça. Entregamos até o Pix, feito a uma das mulheres para mentir a meu respeito".
Em trecho do vídeo, o ex-prefeito, contudo, confidencia quebra de fidelidade à esposa.
"Eu errei sim, em buscar relacionamento. Muitos fora do meu casamento eu errei, mas não cometi crime algum, nem nunca, em nenhum momento desrespeitei o exercício do cargo que os campo grandenses confiaram a mim. Perdão. Eu devo sim. Mas a Deus. A minha esposa. E as minhas 4 filhas. Tatiana [esposa], a quem passarei a vida tentando reparar o que fiz a ela e as minhas 4 filhas".
Marquinhos narra ainda que a família tem sido "maltratadas e machucadas".
"[filhas e esposa dele estariam sendo] ofendidas com todas essas mentiras, a elas e a Deus. Eu devo tudo, assim como devo ao povo de Campo Grande do Mato Grosso do Sul, mas não devo nada, absolutamente nada, a justiça".
Ainda de acordo com Marquinhos Trad, quem o denunciou teria praticado crime de violação de sigilo processual.
"Essa mulher [que disse ter recebido dinheior para denunciar o ex-prefeito], que agora está sendo ameaçada e denunciou na justiça é tanta indignação que solicitamos a intervenção do Ministério público federal para instauração de inquérito, investigar abuso do poder político, econômico e de crime eleitoral. Pedimos também a instauração de inquérito na justiça estadual para apurar crime de violação de sigilo processual".
Segue Marquinhos: "pedimos também instauração de inquérito para apurar abuso de autoridade. Além disso, providências no Tribunal de Justiça para apuração do crime de ameaça e até denunciação caluniosa. Essa armação vai ficar provada no decorrer das investiga ações, aí será a vez deles se explicarem. Eu fiquei calado até agora, surpreso, indignado com a baixaria.
Para ele, "atingir família, buscar o abuso de poder em comportamento criminoso daqueles que usam em véspera de eleição, mas ao mesmo tempo sinto que devo esclarecimentos ao povo do Mato Grosso do Sul".
Sem citar nomes, Marquinhos deixa entender que sabe quem estaria por trás do episódio surgido depois da denúncia do assédio sexual.
"Eles não querem largar o osso, mas vão pagar na justiça. Sim, eu vou até as últimas consequências e vão pagar também nas urnas o que eles querem é tirar do povo do Mato Grosso do Sul a Esperança de viver livre do domínio e da opressão deles. Eu estou dizendo desde agora, olho no olho, isso vocês não vão conseguir".
Celso Bejarano Correio do Estado
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