No primeiro embate de ideias entre os candidatos ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul – realizado no programa “Tribuna Livre Projeto MS em Debate” da rádio Capital FM, nesta segunda-feira (15), sob o comando de Joel Silva, Carmen Cestari, Ben-Hur Ferreira e Marcos Farias - Eduardo Riedel (PSDB) mostrou com números e propostas porque é o candidato que mais cresce nas pesquisas de intenção de votos realizadas até o momento.
Explanando sobre temas capitais, como “Meio Ambiente e Turismo”, “Saúde”, “Infraestrutura e Obras”, “Habitação” e “Saneamento Básico”, Riedel elencou as principais ações de que foi protagonista nos últimos sete anos e meio – ao liderar equipes de Infraestrutura e de Governo no estado – e falou sobre propostas e ações que serão implementadas sob seu governo a partir do ano que vem.
No primeiro tema proposto, “Meio Ambiente e Turismo”, Eduardo Riedel disse que o Estado aposta hoje na sinergia entre os dois temas. “O turismo de Mato Grosso do Sul tem correlação muito alta com toda a questão ambiental. Quando unificamos as secretarias de Meio Ambiente e de produção, nosso objetivo era o de mandar um recado claro: de que desenvolvimento se faz com absoluto respeito as questões ambientais”.
Riedel destacou as riquezas naturais do Estado, espalhadas por nossos três biomas: o Pantanal, o Cerrado e a Mata Atlântica. “No Cerrado, temos maior desenvolvimento da agropecuária; no Pantanal, o maior ativo de nossa biodiversidade e a necessidade de preservação junto à produção sustentável”.
Para ele, não se pode falar em Meio Ambiente e Turismo sem falar de infraestrutura. “É o nosso meio-ambiente o que mais atrai turistas ao Estado. E o turismo, para ser alavancado, precisa de estradas e conectividade. Vamos conectar os estado com fibra ótica, prepara-lo para receber o 5G. Investimos e vamos continuar investindo nas estruturas de aeroportos, não apenas na capital, mas em Dourados, Coxim, Bonito. Além disso, Mato somos um dos poucos estados que tem uma agenda para 2030 focada no meio ambiente, no carbono neutro. Somos otimistas em relação ao nosso futuro”, afirmou
SAÚDE
No tema “Saúde, Riedel lembrou que a responsabilidade é tripartite, da União, do Estado e dos Municípios, e que a Atenção Básica deve ser gerida pelas prefeituras. No entanto, deixou claro que o desafio da saúde deve ser comum a todos os entes administrativos. “Temos que olhar a saúde criando entendimento com a União e com os municípios, para que a solução seja encaminhada de maneira única”.
Riedel lembrou os desafios recentes da pandemia, e do papel de destaque que o Mato Grosso do Sul teve neste processo tão difícil para o país. “Acabamos de passar por uma pandemia, atravessamos dois anos críticos em todo o pais, onde o nosso sistema de saúde foi colocado à prova. Conseguimos ser o estado que mais vacinou no Brasil, justamente por esta relação com os 79 municípios, esta sinergia que atendeu a população, colocando a vacina no braço das pessoas, inclusive na fronteira”.
O candidato destacou o processo de regionalização da saúde, e afirmou que ele será ampliado nos próximos anos. “A regionalização da saúde, com a construção e ativação de novos hospitais, está sendo fundamental para desafogar o fluxo de pacientes na capital. Com isso, o atendimento de pacientes do interior em Campo Grande diminuiu de 45% para 9%. A regionalização existe na prática”, assegurou. Ele também falou da Caravana da Saúde, e de sua importância na redução das filas na saúde: “As Caravanas foram fundamentais para diminuir as filas num primeiro momento. E agora, temos que continuar o processo”.
Além disso, Riedel deu o caminho para uma saúde mais potente em MS. “O mais importante é o foco na Atenção Básica, e vamos trabalhar junto com os municípios para contratar mais profissionais de saúde, dependendo de cada resultado que os municípios apresentarão na Atenção Básica. Vamos trabalhar juntos”, assegurou.
INFRAESTRUTURA E OBRAS
Para Riedel, este é um dos temas mais relevantes, pois é transversal. “A infraestrutura é uma ferramenta de modernidade, de políticas públicas em educação, saúde, saneamento, transporte, logística e turismo”, afirmou, lembrando de sua ação para a conclusão do Bioparque Pantanal.
O candidato falou também da importância do investimento nas estradas e no escoamento da produção. “Tenho orgulho de ter viabilizado a primeira concessão de rodovia, na 306. Agora a União vai delegar ao estado a 152 e a 112, dando continuidade ao processo de atração de capital privado para investir em nossa infraestrutura. Fizemos mais de 1100 km de rodovias pavimentadas, que é extremamente importante para a competitividade do nosso agronegócio”, lembrou.
Eduardo Riedel avisou, ainda, que não destinará recursos do Fundersul para outras áreas que não as destinadas ao tributo. “Fundersul é para infraestrutura rodoviária. Com a aprovação do setor produtivo, destinamos 50% em rodovias, 30% em manutenção e 16% nas áreas urbanas”, disse.
Outro tema relacionado à infraestrutura elencado por ele foi a retomada da modalidade fluvial pelo rio Paraguai, com uma concessão privada a portos que já vai exportar 2 milhões de toneladas de grãos. “Além disso, mudamos a estrutura de energia elétrica e conectividade. Atuamos em toda as áreas de competitividade do estado”.
SANEAMENTO BÁSICO
Eduardo Riedel lembrou que foi um dos principais artificies da primeira parceria Público Privada (PPP) que vai universalizar o saneamento básico em Mato Grosso do Sul. “Saneamento é saúde, é meio ambiente. Quando assumimos o governo, há quase oito anos, MS tinha apenas 36% de saneamento, e hoje são 58%. Fizemos a primeira PPP dentro do marco regulatório, para garantir a universalização”, lembrou.
Riedel teve, ainda, que informar os demais candidatos sobre o tema, já que houve informações errôneas destes durante a entrevista. “Alguns candidatos estão desinformados sobre saneamento. Contar: Campo Grande não é concessão da Sanesul. Marquinhos, quando você fala em 10 municípios sem esgoto esquece de dizer que a responsabilidade é do município, pois 68 deles optaram pelo convênio com a Sanesul para que houvesse a universalização.
Aqueles que não conveniaram o fizeram por opção. E foi seu irmão, e não o meu, que antecipou a concessão aqui de Campo Grande mas o seu irmão”, disparou.
Contrariando outras informações desencontradas de Marquinhos Trad, Riedel afirmou que a Sanesul é sul-mato-grossense. “A Sanesul fez uma concessão administrativa, não foi vendida. Ela é fundamental para manter a gestão do saneamento sob o controle do estado de mato Grosso do Sul, e vai injetar R$ 1,6 bilhões em nossa economia”.
HABITAÇÃO
O último tema proposto foi a Habitação. Riedel afirmou que o estado tem, hoje, um déficit de 80 mil unidades habitacionais, mas reforçou que o tema deve ser abordado com realismo e responsabilidade. “Temos que ser muito honestas. Habitação é mobilização de recurso federal, estadual e municipal. Se unificarmos as três fontes e todos tiverem este ponto como prioridade vamos conseguir sanear este déficit”, afirmou.
Ele lembrou ainda que nos últimos oito anos o Estado entregou 30 mil unidades habitacionais. Para ele, é preciso ter criatividade para solucionar o problema. “Temos que otimizar a construção em diferentes modalidades, temos que ser criativos. O lote urbanizado, por exemplo, foi uma modalidade que fugiu ao financiamento do Governo Federal, é um programa muito exitoso, onde prefeituras doam o terreno, o estado compra o material e as pessoas constroem. É uma forma de irmos sanando este déficit que existe no estado e no Brasil”, disse. Ele também destacou a ação da iniciativa privada neste setor. “Vamos apoiar os investimentos privados, a construção civil, que ajuda a sanear este déficit em outra faixa de renda”.
Para Riedel, a questão deve ser encarada sem demagogia. “Tem que ser prioridade de governo, tem que ter fonte orçamentaria para que possamos ter capacidade de investir. Para isso, o governo tem que estar saneado”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizando sua participação, Eduardo Riedel disse que seu plano de governo contempla as principais áreas de ação para desenvolver o estado, e concluiu: “Nos últimos anos mudamos de patamar, o estado está em outra situação, e olhando pra frente a gente tem a convicção de que Mato Grosso do Sul pode crescer ainda mais, com justiça social e desenvolvimento para todos”, finalizou.
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