Por unanimidade o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) impugnou ontem (6) a candidatura de Tiago Vargas (PSD) para deputado estadual. Em votação, os desembargadores acataram o pedido da Procuradoria Regional Eleitoral.
O procurador Pedro Gabriel Siqueira Gonçalves pediu a impugnação porque Tiago foi demitido do cargo de agente de polícia, após Procedimento Administrativo Disciplinar. “Se o ato praticado pelo impugnado teve gravidade suficiente para gerar sua demissão, significa que ele não ostenta aptidão moral para exercer um cargo público”, declarou.
Ele ainda acrescentou outros motivos para a inelegibilidade. “O servidor público demitido após regular processo disciplinar não possui a vocação para o cargo de representante do povo, até porque, caso possuísse tal idoneidade, o Impugnado nem mesmo teria se candidato, já que ciente de sua inelegibilidade.”
O candidato afirmou que vai recorrer da decisão. “Nossa candidatura continua firma. Estaremos recorrendo. Acreditamos na Justiça. Nós temos outras instancias. Vamos ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Com certeza estarei sendo eleito o deputado estadual mais votado de Mato Grosso do Sul”, declarou Vargas.
Entenda - Com uma trajetória política repleta de polêmicas, Tiago Vargas (PSD), entra em mais uma batalha judicial. O vereador mais votado da última eleição em Campo Grande está inelegível por oito anos, a partir de 2020, desde que foi expulso da Polícia Civil, por conta de processo administrativo.
Mesmo sendo agente da segurança pública estadual, o policial usava as redes sociais para atacar o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Em seu mandato, o parlamentar é conhecido por fiscalizar postos de saúde da Capital, o que tem resultado em uma série de boletins de ocorrências e manifestações de entidades de classe contra sua posturando durante as ações.
O registro de candidatura do político nas eleições deste ano inclusive era uma dúvida dentro do partido. Com ataques a gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) do mesmo partido, Tiago não sabia se a legenda iria confirmar seu nome na chapa proporcional. O partido também não liberou o parlamentar para migrar de sigla.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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