O inquérito que investiga denúncias de assédio sexual contra o ex-prefeito e candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad e outras quatro pessoas foi prorrogado por 30 dias em 18 de agosto e se não for estendido novamente, será enviado ao Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), na semana quem.
Marcos Trad estar sendo investigado pelos crimes de assédio sexual, estupro, favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual e importunação sexual Foto Divulgação
Antes disso porem é necessário que a titular da investigação, Maíra Pacheco Machado, tome o depoimento do principal acusado: Marquinhos Trad. Aberto no início de julho, o inquérito estaria em fase avançada e teria sua conclusão ao longo dos próximos dias.
Na última semana ocorreram episódios que indicaram que o inquérito está se aproximando do fim. O mais recente foi uma entrevista coletiva realizada na semana passada pelas advogadas de Marquinhos, Andreia Flores e Rejane Alves de Arruda.
Na ocasião, elas anunciaram a abertura de uma outra investigação, a pedido delas, na 3ª Delegacia, para apurar uma suposta cooptação das vítimas. A defesa alega que uma das garotas recebeu dinheiro para denunciar os abusos do ex-prefeito.
Marquinhos é investigado pela prática de crimes como assédio sexual, estupro e exploração sexual (prostituição).
O inquérito, contudo, continua. São quase 10 mulheres que relataram abusos sofridos por Marquinhos no período em que ele era prefeito.
Algumas destas relações sexuais, as consentidas e também as tentativas de estupro (sem consentimento), teriam ocorrido no gabinete da Prefeitura de Campo Grande.
Em quase todas elas, conforme indicam os diálogos e as perícias feitas pelo Instituto de Criminalística, haveria promessa ou negociação de valores ou cargos no município, além de juras de amor entre o ex-prefeito e algumas garotas.
Operações
A investigação também resultou em duas operações externas. Na primeira delas, no dia 10 de agosto, a Polícia Civil realizou busca e apreensão nas dependências da Prefeitura de Campo Grande.
No dia 31 de agosto, o servidor comissionado da prefeitura Victor Hugo Ribeiro Nogueira, de 36 anos, foi preso preventivamente, em uma investigação conexa ao inquérito.
Na sexta-feira (9), Victor Hugo foi indiciado pelos crimes de corrupção ativa de testemunhas, coação no curso do processo e favorecimento à prostituição.
Ele continua preso. Victor Hugo teria atuado para fazer com que vítimas que denunciaram Marquinhos recuassem de seus propósitos. O rapaz chegou a trabalhar lotado no gabinete do prefeito no início desta década.
Assim como desde o início do inquérito, a defesa de Marquinhos nega as acusações e reafirma que se trata de “armação política”. A Polícia Civil, a não ser por meio de notas ou entrevistas coletivas, manifesta-se muito pouco sobre o inquérito, que continua em sigilo.
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