Candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, Capitão Contar (PRTB) reuniu nos últimos dias apoios antes impensáveis pelo próprio deputado estadual: André Puccinelli (MDB), Marquinhos Trad (PSD) e Rose Modesto (sem partido) declararam voto e forças à favor do militar. De uma tacada só, uma única campanha reúne os principais escândalos políticos do MS em um só lugar.
Logo após o final da apuração, por urnas eletrônicas, Contar afirmou que não aceitaria alianças com todo mundo. “Só aceitaremos alianças das pessoas e grupos que tenham a mesma bandeira que a nossa” – a fala foi gravada. Porém, duas semanas depois o deputado estadual reuniu no palanque nomes dos mais conhecidos, e antigos, da política sul-mato-grossense.
Primeiro foi Marquinhos Trad, assolado por uma derrota acachapante ao Governo de Mato Grosso do Sul. Em reunião do PSD semana passada, o ex-prefeito declarou voto e apoio ao Capitão. Marquinhos foi alvo do mais recente escândalo político regional, centro de denúncias de assédio sexual, inclusive dentro do Paço Municipal.
Já nesta semana, na segunda-feira, a ex-vice-governadora e deputada federal Rose Modesto subiu no palanque de Contar. A ex-tucana deixou o partido para migrar ao União Brasil e acabar em 4ª lugar nas eleições deste ano. Logo após a derrota, além do apoio ao Capitão, saiu também do novo partido. Rose é uma das estrelas da Coffee Break, processo do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) que abalou Campo Grande.
O apoio de maior repercussão, e comemoração pela equipe de Capitão Contar – com direito a nota de agradecimento –, foi do ex-governador André Puccinelli (MDB), terceiro colocado no primeiro turno regional. Puccinelli é, de longe, atualmente o político mais ligado à chamada ‘velha política’ em Mato Grosso do Sul. Mesmo assim, a aliança Contar-Puccinelli foi fechada.
Puccinelli foi a grande estrela da Lama Asfáltica, maior operação contra a corrupção da história de Mato Grosso do Sul. Foi preso e chegou a usar tornozeleira eletrônica. Até hoje responde processos judiciais por supostas falcatruas em obras públicas.
Por Vinícius Squinelo/Top Midia
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