Uma equipe de cientistas climáticos do Woodwell Climate Research Center, nos Estados Unidos, em parceria com o Instituto de Alterações Ambientais, no Reino Unido, descobriu que se a temperatura média da Terra continuar aumentando mais de 1,5 ºC em relação ao patamar atual, as ondas de calor se tornarão intensas o suficiente para matar seres humanos em diferentes partes do globo.
"Poderíamos ter uma onda de calor muito extrema que se afaste substancialmente das normas históricas, ultrapasse esse limite e cause muito mais mortalidade do que seria de esperar”, disse o cientista Carter Powis e líder do Estado para a New Scientist.
Isso ocorreria principalmente em locais onde não há adaptação para o calor extremo e onde ar-condicionado, por exemplo, é raro.
O que diz o estudo?
Por meio de modelos climáticos, a pesquisa indica que a humanidade se aproxima dos limiares de umidade necessária para a sobrevivência humana, o que é conhecido por temperatura de bulbo úmido. Esse limite seria de seis horas de exposição até 35°C.
As parte mais quentes do mundo já experimentam extremos de calor de forma limitada e que, sob um aquecimento moderado e contínuo, partes de todos os continentes, exceto a Antártida, verão um rápido aumento na sua extensão e frequência. Assim, ultrapassar os 1,5°C de aquecimento global trará consequências graves para a vida na Terra.
Impactos do calor
Há décadas cientistas buscam identificar qual é o limite de calor que o corpo humano, em situações cotidianas, consegue suportar sem a necessidade de nenhum tipo de resfriamento.
Os efeitos do calor extremo dificultam a capacidade do corpo humano em manter a temperatura interna a 36,5 °C. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte associada ao calor, pois, com as altas temperaturas, o coração e os vasos sanguíneos são sobrecarregados, o que pode aumentar um desequilíbrio no corpo e levar ao infarto ou isquemia, por exemplo.
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