Embora continue no final da lista dos contemplados na divisão do bolo de R$ 60 bilhões do FNDR (Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional), Mato Grosso do Sul conseguiu aumentar sua fatia na votação final do projeto de reforma tributária nesta semana no Senado. Conforme o governador, o Estado receberá “perto de um bilhão por ano”.
Pela proposta original, a estimativa era de que o Estado seria contemplado com cerca de R$ 750 milhões por ano, o que equivale a 1,25% do bolo. Embora não tenha especificado números, o governador Eduardo Riedel afirmou na manhã desta sexta-feira que, além da manutenção do Fundersul, a versão final aprovada pelo senado melhorou a participação de Mato Grosso do Sul.
O Estado já era o penúltimo na divisão dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e como esse critério teve peso fundamental para a definição da divisão do FNDR, Mato Grosso do Sul continuou no fim da fila, somente o Distrito Federal ficou com valor menor.
No final de outubro, após divulgação da proposta original da divisão do Fundo, que beneficiava principalmente os estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, o governador mostrou-se extremamente preocupado e chegou a montar uma espécie de força-tarefa para evitar perdas. E, pelas declarações feitas hoje, a mobilização deu resultado e ele voltou a enfatizar sua empolgação pela aprovação das alterações.
“Independentemente da questão política, partidária, a gente está conseguindo é ver avançar uma daquelas reformas que são transformadoras. Nós passamos na década de 90 por uma série de reformas transformadoras para o Brasil. Estamos agora vivendo um daqueles momentos que é uma reforma transformadora. Vai ser perfeita, não? Mas, é o início de uma nova era para o Brasil, na minha avaliação”, afirmou Riedel.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, que também participou do evento, é outra entusiasta das mudanças no sistema tributário. “Essa é a reforma tributária dos pobres, a reforma tributária do emprego. Então, não tem como nenhum estado perder. Teria se nós não tivéssemos o Fundo de Desenvolvimento Regional, que, aliás, foi uma criação minha há sete anos atrás como senadora”, afirmou.
“Quem mais consome no Brasil proporcional ao seu salário, é o pobre. Então essa reforma tributária, quando ela diminui impostos, simplifica impostos de consumo, ela está colocando mais dinheiro na mão do trabalhador ao mesmo tempo, quando ela simplifica a vida da indústria, ela faz com que a indústria brasileira, que hoje está em decadência há mais de duas décadas, ela volte a ser competitiva com a China, com a Índia. Não tem nada contra receber produtos importados. O problema é que eles não geram emprego para os nossos trabalhadores. Então, eu sou uma apaixonada pela reforma tributária desde os meus 22 anos de idade, quando entrei na universidade para dar aula”, concluiu.
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