Auxiliar de serviços gerais diz que apanhou de policiais militares em Costa Rica, a 326 quilômetros da Capital. A situação teria ocorrido durante abordagem na madrugada de segunda-feira (4). A reclamação chegou ao Campo Grande News pelo canal Direto das Ruas. O rapaz teve fratura no crânio, no cotovelo e um braço quebrado.
O advogado do homem agredido, Wilson Paes Neto, relata que José Henrik Martins Ferreira, de 34 anos, estava indo à um bar com um amigo no momento em que foi abordado por quatro policiais. Na primeira abordagem, o rapaz informou que estavam indo ao estabelecimento, mas lá viram que estava fechado e retornaram para a casa, no Vale do Amanhecer.
Pouco tempo depois, os amigos decidiram novamente procurar por um bar na região, quando passaram por segunda abordagem dos policiais. O amigo, que não foi identificado, correu dos militares e José, que ficou, foi abordado com violência, contou o advogado. Segundo ele, os Pms solicitaram que o homem colocasse a mão na parede e começaram a agredi-lo com cassetete. Após o primeiro golpe, utilizaram spray de pimenta contra os olhos do homem.
No termo de declaração, registrado na Promotoria do município, José descreve uma sequencia de agressões. Segundo o relato, ele recebeu golpes nas costas, nos braços, pernas e na cabeça. Quando foi golpeado na cabeça, o homem caiu no chão e passou a receber chutes.
José ainda conta que ficou desorientado com as agressões, e foi levado ao hospital pelos próprios policiais. Durante a madrugada, ele ficou acompanhado por um dos PM, e na manhã do dia 4 foi levado para fazer a perícia, onde diz ter sido coagido a não dizer o que aconteceu.
No boletim de ocorrência, registrado pelos policiais, a informação descrita é de o homem era suspeito de tráfico de drogas, e fugiu durante a abordagem para um terreno baldio. Neste local, o homem teria ido para cima dos policiais, com agressividade, e por isso teriam utilizado o spray de pimenta. Neste momento, o homem teria caído em cima de uma pedra e cortado a cabeça.
O Campo Grande News solicitou um posicionamento sobre o ocorrido à Polícia Militar, mas não recebeu retorno até a publicação do material. O espaço segue aberto.
CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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