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Política
30/03/2024 - 18:11
Estratégia de pré-candidatos ao Senado em 2026 passa pelas eleições municipais
Foto: Divulgação
Correio do Estado
Ainda faltam pouco mais de dois anos para as eleições gerais de 2026, mas se engana quem pensa que os planos para este pleito já não estão sendo colocados em prática. Antes mesmo das eleições municipais, que acontecerão em outubro, pré-candidatos ao Senado por Mato Grosso do Sul já trabalham nos bastidores para terem seus planos facilitados para o pleito seguinte. 
 
Nelsinho Trad (PSD), Reinaldo Azambuja (PSDB) e Vander Loubet (PT) já articulam um cenário que possa favorecer suas candidaturas daqui a dois anos. No próximo pleito, vencem os mandatos de Nelsinho Trad e Soraya Thronicke (Podemos). A senadora, contudo, não tem dado sinais de que tentará se reeleger para o cargo, pelo menos, no domicílio eleitoral de Mato Grosso do Sul. 
 
Nelsinho Trad
O senador do PSD tem dado sinais à direita, não porque não nutre boas relações com o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ou com a frente ampla que governa o Brasil atualmente, mas por uma série de fatores.
 
O primeiro deles é porque ele tem entendido que sua base, o estado de Mato Grosso do Sul, ainda se inclina à direita, a partir dos dados das pesquisas oficiais publicadas até o ano passado e de algumas pesquisas não oficiais a que os políticos têm tido acesso neste ano. 
 
Mas não para por aí. Depois de ter se aproximado do núcleo duro da gestão Jair Bolsonaro, tendo sido presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, líder do PSD na Casa Legislativa, Nelsinho Trad experimenta um rebaixamento ao baixo clero de seu partido. Nem mesmo a reeleição de seu correligionário Rodrigo Pacheco, agora mais próximo de Lula, ele apoiou.
 
Com pouco espaço no Senado, Nelsinho Trad trabalha para liberar emendas parlamentares para prefeituras. Tem sido um dos parlamentares que mais libera emendas e que mais se relaciona com prefeitos. Tem conversado com muitos deles e feito alguns acordos nestas eleições. 
 
Ensaiou uma aproximação com Reinaldo Azambuja, ao fechar apoio à pré-candidatura de Beto Pereira (PSDB) a prefeito de Campo Grande. Talvez lá na frente colha frutos de uma possível dobradinha com Azambuja na disputa pelo Senado. Ocorre que Vander Loubet também nutre boas relações com o ex-governador. 
 
Vander Loubet
O deputado federal pelo PT, em seu sexto mandato na Câmara dos Deputados, almeja subir de degrau nas próximas eleições. Entende que só precisa de um pouco mais do que tem feito em todas as eleições para conquistar sua vaga no Senado. 
 
Após sua posse no ano passado, já se colocou como pré-candidato ao Senado e já vem trabalhando neste sentido. 
 
A favor de Vander Loubet está a máquina administrativa federal. Político hábil, está ampliando ainda mais o seu já grande leque de alianças visando as eleições para o Senado. 
 
Se, por um lado, Nelsinho Trad corre para liberar emendas para prefeitos, de outro, Vander Loubet, como parlamentar, também faz o mesmo e ainda vai além. Com o apoio do amigo Ênio Verri, atual presidente da Itaipu Binacional, conquistou quase R$ 1 bilhão para pelo menos 35 prefeituras de Mato Grosso do Sul.
 
O deputado federal ainda tem sido o maior articulador da entrada do PT no governo de Eduardo Riedel (PSDB) e tem uma característica considerada muito competitiva por seus adversários para o cargo, a de evitar polêmicas e polarizações. Exemplo disso é que, mesmo durante o governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, Vander Loubet conseguiu liberar suas emendas normalmente e teve bom trânsito nas prefeituras do Estado até com prefeitos de partidos de direita. 
 
Em Campo Grande, Vander Loubet busca um movimento ousado: apoiar a titular da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), ex-deputada Rose Modesto, à prefeitura. A eleição de Rose poderia deixá-lo em uma posição vantajosa em seu projeto de se tornar senador da República. 
 
Reinaldo Azambuja
No centro deste xadrez está o ex-governador de Mato Grosso do Sul. Há quem diga que, para quem está no exercício do mandato, quatro anos passam muito rapidamente, mas, para quem está fora, parecem ser uma eternidade. 
 
Reinaldo Azambuja já não consegue mais esconder de ninguém esta inversão na medida do tempo. Os quatro anos entre ter passado a faixa de governador ao seu sucessor Eduardo Riedel e se candidatar ao Senado, em 2026, parecem estar demorando. 
 
No meio do caminho, há as eleições para prefeito, em que Azambuja e o PSDB pretendem avançar algumas casas para chegar em posição ainda mais confortável nas próximas eleições. Com mais de 50 das 79 prefeituras do Estado, o PSDB quer mais, quer as prefeituras de Campo Grande e Dourados e aposta no deputado federal Beto Pereira e no ex-deputado Marçal Filho para as respectivas cidades. Somados, os dois municípios respondem por metade do eleitorado de Mato Grosso do Sul e têm o segundo e terceiro maiores orçamentos do Estado (só menores que o do governo estadual). 
 
Uma vitória desses dois candidatos nessas duas cidades praticamente pavimentaria a eleição de Azambuja ao Senado, que já contará com o apoio da máquina estadual. No entanto, derrotas de Beto Pereira e Marçal Filho podem embaralhar o jogo político para daqui a dois anos, sobretudo na Capital, se a ênfase dada pelo grupo de Azambuja à candidatura de Beto Pereira impor um caráter plebiscitário ao pleito tucano.
 
Histórico
Historicamente, em eleições em que há duas vagas para o Senado sempre há surpresas. Em 2002, por exemplo, muitos acreditavam que o ex-governador Pedro Pedrossian (PTB) derrotaria o ex-petista Delcídio do Amaral, na eleição em Ramez Tebet (MDB) foi reeleito praticamente por aclamação. 
 
Em 2010, foi a vez de Delcídio ser reeleito por aclamação e deixar uma disputa acirradíssima para outros três candidatos, que ficaram muito próximos. Waldemir Moka acabou eleito na ocasião, com 23% dos votos, seguido de perto por Murilo Zaiuth (DEM), com 21,61%, e Dagoberto, que na época estava no PDT, com 20,49,%. 
 
Já em 2018, mais surpresa ainda, porque seis candidatos tiveram número de votos muito próximo. Nelsinho Trad se elegeu na época pelo PTB, com 18,3% dos votos válidos, seguido de perto pela surpresa Soraya Thronicke, na época no PSL, com 16,19% dos votos válidos. 
 
O terceiro colocado foi Waldemir Moka, que tentava a reeleição e teve 15,48% dos votos. Marcelo Miglioli (PSDB), que tinha a máquina do governo Reinaldo Azambuja trabalhando em seu favor na época, fez 15,07%. Zeca do PT fez 12,74% dos votos e Sérgio Harfouche, 12,66%. 
 
Surpresas?
 
Até as próximas eleições, mais surpresas poderão ocorrer. Uma delas é, por exemplo, um candidato a senador pelo PL, de Jair Bolsonaro. Apesar de Nelsinho Trad ter buscado este campo da política, o eleitor bolsonarista, indicam as pesquisas, primeiro, traça um perfil do candidato e, depois, aguarda um comando do capitão para definir em quem votará. 
 
Enquanto isso não ocorre, os pré-candidatos já colocados na disputa, Nelsinho Trad, Vander Loubet e Reinaldo Azambuja, buscam as melhores estratégias nas eleições municipais de outubro. Se seus candidatos, sobretudo nas grandes cidades, vencerem, eles poderão sair fortalecidos para a campanha ao Senado. 
 
Eduardo Miranda
    
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