| 
						 
	O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) a terceira fase da Operação Tromper, contra um esquema de corrupção na administração do município de Sidrolândia (MS). Entre os alvos que foram presos está o vereador de Campo Grande, Claudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra (PSDB). 
	  
	O parlamentar atuou entre abril a dezembro de 2021 como diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp) de Campo Grande. Depois, assumiu a Secretaria Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Claudinho Serra é genro da prefeita do município, Vanda Camilo (PSDB). 
	  
	  
	O g1 tenta localizar a defesa do vereador para mais esclarecimentos sobre a prisão. 
	  
	Segundo o Ministério Público, essa nova fase da Tromper confirmou a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais. 
	  
	Ao todo, estão sendo cumpridos 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão. 
	  
	Ainda segundo a investigação, foi identificada uma nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Até o momento foi identificado rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos. 
	  
	  
	O g1 procurou a prefeitura de Sidrolândia para mais esclarecimentos sobre a nova fase da operação deflagrada e aguarda retorno. 
	  
	A operação contou com o apoio operacional do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar. 
	  
	Operação Tromper 
	  
	 A 1ª fase da Operação Tromper foi deflagrada em maio de 2023 contra esquema de corrupção no município de Sidrolândia. A investigação apontou a existência de um esquema de ações destinado à obtenção de vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal desde 2017. 
	  
	A 2ª fase da investigação foi deflagrada em julho do ano passado, quando foram cumpridos quatro mandados de prisão e cinco de busca a apreensão. 
	  
	Segundo o MPMS, o desdobramento da primeira etapa da operação identificou um “conluio” entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a prefeitura. 
	  
	A investigação identificou ainda a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública. 
	  
	Em relação ao nome da ação, o MPMS, explica que "Tromper" é um verbo da língua francesa, que significa “enganar”. 
					 |