A chance de o ex-governador André Puccinelli (MDB) não disputar a Prefeitura de Campo Grande na eleição municipal do dia 6 de outubro está cada vez maior.
Isso porque ele adiou novamente a data para a definição sobre a possibilidade de encarar ou não a disputa pela cadeira de chefe do Executivo municipal da Capital pela terceira vez, já que administrou a cidade de 1º de janeiro de 2007 a 1º de janeiro de 2011 e, depois, de 1º de janeiro de 2011 a 1º de janeiro de 2015.
Em conversa com o Correio do Estado na manhã de ontem, André Puccinelli disse que ainda tem tempo para sair ou não candidato a prefeito de Campo Grande nas eleições municipais deste ano.
“Até o dia 15 de junho vou tomar uma decisão definitiva sobre essa questão. Hoje [ontem] posso dizer que tenho 95% de chance de ser candidato a prefeito neste ano”, declarou.
No entanto, no dia 15 de abril, durante a primeira de uma série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Correio do Estado realizaram com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, o ex-governador disse que aguardaria até o fim deste mês para bater o martelo sobre disputar ou não o pleito.
Na ocasião, ele revelou que teria uma reunião, em Brasília (DF), com o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), para alinhar a liberação de recursos para a campanha eleitoral para prefeito de Campo Grande.
“Eu e o presidente estadual do MDB, o ex-senador Waldemir Moka, teremos essa reunião com o Baleia Rossi para definir o montante de recursos que será destinado para minha campanha eleitoral a prefeito da Capital”, declarou.
O experiente político ainda completou que explicaria ao presidente nacional do MDB que precisava de uma determinada quantia para fazer a campanha eleitoral.
“Direi que posso aguardar somente até o fim de maio, caso contrário, não vou concorrer. Sem recursos, é melhor ir pescar e cuidar dos netos”, assegurou André Puccinelli na época.
Agora, 40 dias depois, o ex-governador mudou a data do ultimato e também o discurso. “O Baleia Rossi deu uma aumentada no valor que pedi, mas ainda não chegou na quantia necessária. Além disso, também faltam algumas outras coisas, e vou procurar acertá-las até o dia 15 de junho. Eu quero ser candidato”, garantiu.
No entanto, conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, nos últimos dias, André Puccinelli teria conversado com diversos partidos sobre a possibilidade de fazer alianças políticas, as quais incluiriam até abrir mão de ser o cabeça de chapa.
O motivo, de acordo com essas fontes, seria a falta dos recursos necessários para uma campanha a prefeito de uma capital e também a queda nas pesquisas de intenções de votos divulgadas até o momento.
Outro agravante é que a rejeição dos eleitores não recuou, em alguns levantamentos até aumentou, tornando a campanha eleitoral uma grande incógnita e com chances reais de não lograr êxito.
Diante desse cenário, André Puccinelli está procurando legendas da direita e do centro para alinhavar um possível acordo político neste ano, mas já de olho no apoio dessas siglas para sua eventual candidatura a deputado federal ou até mesmo a senador em 2026.
Com isso, o temor de uma nova desistência do ex-governador de concorrer à Prefeitura de Campo Grande cresce em escala exponencial, e as próximas duas semanas serão definitivas nesse jogo de xadrez político.
Correio do Estado/Daniel Pedra
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