A possibilidade de a advogada Denise Puccinelli, filha mais nova do ex-governador André Puccinelli (MDB), ser a pré-candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada pelo deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS) à prefeitura de Campo Grande voltou a ganhar força nos bastidores.
Segundo fontes ouvidas pelo Correio do Estado, a aliança entre os dois partidos prevista para as eleições de 2026, quando o governador Eduardo Riedel (PSDB) vai tentar a reeleição, pode ser antecipada para as eleições municipais deste ano na Capital.
A Executiva estadual tucana acredita que a vaga de vice de Beto Pereira tem de ser ocupada por uma mulher para ajudar no embate que o pré-candidato terá na campanha contra a atual prefeita Adriane Lopes (PP), a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) e a deputada federal Camila Jara (PT-MS).
Por isso, os nomes ventilados até o momento pelo PSDB são o da empresária Neca Chaves Bumlai (PSD), diretora da Faculdade Insted e filha do ex-senador Pedro Chaves, a empresária Maria Lúcia Fernandes (PSD), a “Malu”, fundadora da Associação Juliano Varela, e a coronel PM Neidy Nunes Barbosa (PSDB).
Agora, caso André Puccinelli realmente desista da pré-candidatura a prefeito de Campo Grande, o nome de Denise Puccinelli é o preferido pela cúpula tucana, afinal, na teoria, trará os votos do pai para a pré-candidatura de Beto Pereira, diferentemente das outras opções, que não têm bagagem política.
Na semana passada, o ex-governador informou ao Correio do Estado que tinha adiado novamente a data para a definição sobre a possibilidade de encarar ou não a disputa pela cadeira de chefe do Executivo municipal da Capital.
Em conversa com a reportagem, André Puccinelli disse que até o dia 15 de junho irá tomar uma decisão definitiva sobre essa questão. “Posso dizer que tenho 95% de chance de ser candidato a prefeito neste ano”, declarou.
Ainda acreditamos na possibilidade de o MDB compor com a gente e, dessa forma, a vaga de vice seria deles” - Reinaldo Azambuja, esperando ainda contar com o MDB
No entanto, no dia 15 de abril, durante a primeira de uma série de entrevistas que a Rádio CBN Campo Grande e o Jornal Correio do Estado realizaram com seis pré-candidatos à prefeitura da Capital, ele falou que iria aguardar só até o fim de maio para bater o martelo sobre disputar ou não o pleito.
“Eu e o presidente estadual do MDB, o ex-senador Waldemir Moka, teremos essa reunião com o Baleia Rossi para definir o montante de recursos que serão destinados para a minha campanha eleitoral a prefeito da Capital. Direi que só posso aguardar somente até o fim de maio, caso contrário não vou concorrer. Sem recursos, é melhor ir pescar e cuidar dos netos”, assegurou.
Agora, Puccinelli mudou a data do ultimato e o discurso. “O Baleia Rossi deu uma aumentada no valor que pedi, mas ainda não chegou na quantia necessária. Além disso, também faltam algumas outras coisas e vou procurar acertá-las até dia 15 de junho. Quero ser candidato”, afirmou.
ATÉ JULHO
O Correio do Estado procurou ontem o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, para obter informações sobre como andam as negociações para a vaga de vice na chapa de Beto Pereira e ele citou que a definição para essa questão só acontecerá no mês de julho, durante as convenções partidárias.
No entanto, Azambuja confirmou que na relação de possíveis vices de Beto estão os nomes das empresárias Neca Chaves Bumlai e Maria Lúcia Fernandes, a “Malu”, bem como da coronel PM Neidy Nunes Barbosa, porém, o último nome tem mais chance de disputar uma cadeira na Câmara.
“Nossa preferência é escolher um nome para vice dentro do nosso arco de aliança, que atualmente conta com o Podemos, Cidadania, Republicanos, PSD e PSB. No entanto, ainda acreditamos na possibilidade de o MDB compor com a gente e, dessa forma, a vaga de vice seria deles”, projetou, revelando que o partido vai encomendar pesquisas para definir o melhor nome.
O Correio do Estado também procurou André Puccinelli para checar a chance de abrir mão da pré-candidatura a prefeito de Campo Grande em prol da filha Denise Puccinelli. No entanto, ele considerou a hipótese como uma brincadeira.
Correio do Estado.
|