Três helicópteros e um avião do governo de Mato Grosso do Sul reforçam o combate às queimadas históricas no Pantanal. O Governo Federal vai enviar sete aviões e um helicóptero para ajudar os bombeiros na região, e determinou o envio de sessenta integrantes da Força Nacional.
Os brigadistas estão com dificuldades para acessar áreas atingidas pelo fogo. Alguns locais só podem ser acessados de barco. A caminhonete dos brigadistas é levada em uma balsa. Estradas de terra dão acesso à mata fechada. Na área de incêndio, os bombeiros enfrentam calor e muita fumaça.
A área queimada no Pantanal, este ano, já superou em 112% o recorde anterior para o período, registrado em 2020. Já são 541 mil hectares entre janeiro e junho, três vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, 170 brigadistas do Ibama e do ICMBio já estão no Pantanal e, nos próximos dias, serão trezentos.
Para apagar o fogo, os brigadistas precisam chegar bem perto das chamas. Renan Nantes, cabo dos bombeiros, explica que a vegetação e o clima no Pantanal são atípicos e a vegetação é densa. Eles procuram sempre utilizar equipamentos de proteção individual para evitar ao máximo a fumaça.
"A vegetação é bem densa e a gente procura sempre estar utilizando nossos equipamentos para evitar ao máximo essa fumaça que desgasta bastante o militar na hora do combate."
Quem está no combate às chamas é orientado por uma central de monitoramento. A estratégia é traçada em Campo Grande por meio de satélites que fazem o monitoramento de foco de calor vinte e quatro horas, e passam as informações para a equipe. Os brigadistas analisam qual é a melhor estratégia, mantendo a comunicação entre quem está no campo e quem está em na central de comando.
"É traçada estratégia em Campo grande. Então, ele faz o monitoramento do foco de calor e passa para a guarnição em campo, que vê qual é a melhor estratégia [de combate ao fogo]", disse.
O trabalho dos bombeiros é extremamente desafiador, porque, além de ter que apagar o fogo, eles devem se preocupar com a própria segurança. O vento forte espalha as chamas rapidamente e elas vão cercando o lugar. Ao mesmo tempo em que a equipe está num ponto, ela precisa se deslocar para outro para proteger os militares.
O bombeiro Silvio Xavier explica é procurado local seja possível fazer o trabalho de forma segura. Eles trabalham com o método de combate ao fogo que seja contínuo, que consiga ir combatendo e apagando o fogo de forma contínua.
"A gente procura um ponto que dê para fazer de forma segura e trabalhamos com método de extermínio contínuo, que consiga ir combatendo e apagando de forma contínua. A gente modifica de posições por questões de segurança."
Os três helicópteros e o avião do governo de Mato Grosso do Sul reforçam o combate ao fogo, que já está próximo da cidade de Corumbá. A partir deste domingo (23), o helicóptero e os dois aviõesdo Governo Federal vão reforçar os trabalhos.
A tenente-coronel do Corpo de Bombeiros de MS, Tatiane Inoue, explica que a Operação Pantanal 2024 já está atuante há 80 dias em Mato Grosso do Sul. São diversas equipes distribuídas por todo o estado e, principalmente, no Pantanal. Eles fizeram um planejamento para estendê-la até novembro. Porém, com os modelos climáticos, eles já refizeram essas estratégias e devem estendê-la até fevereiro de 2025.
|