Com a divulgação das imagens que mostram inúmeros bois morrendo atolados às margens do Rio Taquari, no município de Coxim, a possibilidade de abandono da propriedade foi levantada, mas a PMA (Polícia Militar Ambiental) defende que ainda é muito cedo para confirmar a situação e a equipe técnica da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) irá ao local nesta sexta-feira (6).
De acordo com a 1° tenente Eveny Parrella, assessora de comunicação do 1° Batalhão da PMA, a primeira equipe que esteve no local encontrou um galpão com aparência de abandono e algumas cabeças de gato mortas, mas os 22 mil hectares da fazenda dificultam a confirmação de que toda a propriedade estava sem responsável.
“Foi realmente encontrada algumas cabeças de gado mortas no local, mas ainda é uma apuração que vai demorar um pouco pelo tamanho da propriedade e para saber exatamente o que está acontecendo. Às vezes é uma parte da fazenda que não está em uso mais, ela era só para o gado, a sede ou algum outro galpão, alguma parte habitada um pouco mais longe”, explica a tenente.
Ela completa dizendo que investigações demoram e precisa de acompanhamento técnico, por isso, foi adiantada a ida da equipe da Iagro. “Toda infração ambiental vai se configurando aos poucos, tem que ter um maior detalhamento. É preciso conversar com os vizinhos, tem que correr toda a propriedade”.
Marca encontrada em alguns dos animais mortos (Foto: Direto das Ruas)
Alguns animais mortos foram encontrados com identificação, feita por marcador de ferro quente, personalizado com a letra "K". Além disso, os denunciantes apontam um homem como "Milton Panca" como responsável pelos animais.
"Um amigo meu, que estava no momento que encontramos os animais, viu que algum deles estavam com essas marcações, mas não eram todos", informou o empresário João Rafael, que registrou as imagens do rebanho às margens do rio.
No momento, quem percorre a região são os policiais da PMA de Coxim. Segundo o subtenente Cícero Lima, quando houve essa primeira verificação, as informações estavam muito superficiais. “Não tem ninguém lá ou, mesmo no dia que a equipe foi, não encontraram nenhum caseiro lá. As informações que tínhamos ainda eram bem superficiais, pois o local visitado é longe do rio”, destaca.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Iagro, mas até o fechamento da reportagem a Agência não havia se manifestado sobre o caso. A situação já é tratada como maus-tratos e degradação de APP (Área de Preservação Permanente).
Por Kamila Alcântara - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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