O presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário de Oliveira, já teve alta e voltou a presídio. Preso pela segunda vez na Operação Cartão Vermelho no dia 28 de agosto, o dirigente foi internado no Hospital da Cassems na quinta-feira (12) com quadro de desidratação e diarreia, mas foi escoltado de volta ao Presídio Militar Estadual, onde está em cela especial, ontem mesmo.
De acordo com o advogado Júlio César Marques, a equipe médica optou por liberar o paciente de 78 anos da unidade hospitalar devido à quantidade de pacientes internados com viroses e infecções altamente transmissíveis. “Por ele ser idoso, o médico achou arriscado permanecer no hospital, que era melhor ele fazer a hidratação e medicamentos no estabelecimento penal”.
Cezário ficou no hospital até por volta das 21h de quinta-feira e aguarda análise de pedido de revogação da prisão feito pela defesa antes da internação, mas que recebeu informações adicionais sobre o estado de saúde do réu.
Na noite de ontem, Júlio César Marques havia informado que o cliente tem sofrido quedas constantes e aproveitaria a internação para passar por exames. Em junho, Cezário chegou a ser submetido a um cateterismo. O procedimento consiste na introdução um tubo flexível extremamente fino e longo, na artéria do braço até o coração, desobstruindo e removendo placas de gorduras no sangue.
O dirigente esportivo estava preso desde o dia 21 de maio e conseguiu habeas corpus no dia 6 de junho, após passar mal no presídio. A desembargadora Elizabete Anache decidiu substituir a prisão preventiva (por tempo indeterminado) por medidas como uso de tornozeleira eletrônica por 90 dias, proibição de contato com acusados e testemunhas, proibição de ausência da comarca por mais de oito dias sem o prévio conhecimento e anuência do juiz, proibição de mudança de endereço sem a prévia comunicação, proibição de comparecer à sede da FFMS e suspensão de qualquer função na entidade.
Cezário voltou para a cadeia após quase três meses em casa, porque o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização) descobriu que o “dono da bola” em Mato Grosso do Sul estava administrando indiretamente a Federação de Futebol.
Ele é acusado de comandar esquema de desvios milionários de recursos enviados pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e poder público para financiar o esporte no Estado.
Por Anahi Zurutuza - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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