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Economia |
18/09/2009 - 06:00 |
Álcool, gasolina e gás em alta |
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O Dia |
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Combustíveis estão em alta. Em plena safra, o preço do álcool avançou na maior parte do País. O motivo, segundo os usineiros, teria sido a grande quantidade de chuvas nas duas últimas semanas do mês de agosto, que prejudicou em 24% a colheita da cana-de-açúcar. Com isso, as usinas produziram menos etanol, levando à alta. Os produtores não admitem, mas o aumento da demanda por açúcar refinado no mercado mundial também teria participação no reajuste dos preços nas bombas, conforme O DIA antecipou em reportagem no mês de julho. A previsão era de aumento de 15%. No Rio, que tem parte da produção suprida pelas usinas do estado, o preço variou 1,25%. Em São Paulo, os motoristas — que têm o etanol mais barato — sentiram mais: 3%.
Longe das variações de safras e das oscilações do mercado mundial, o gás liquefeito de petróleo (GLP), que é subsidiado pelo governo federal, também teve aumento. Na última semana, o botijão de gás de cozinha ficou R$ 2 mais caro.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço do litro do álcool no Estado do Rio passou de R$ 1,596 para R$ 1,616. Para a economista Vânia Araújo, 53 anos, proprietária de carro flex (movido a álcool e gasolina), ainda não é hora de migrar para a gasolina. Isso só ocorre quando o álcool passa a custar mais de 70% do preço da gasolina, o que ainda não aconteceu. “Sempre uso álcool e abasteço no mesmo posto por questão de confiança. Sei que o combustível é de qualidade. Já percebi pequena alta, mas continuo abastecendo com o álcool, que é um combustível mais limpo”, diz.
O aumento do álcool também poderá pressionar ainda mais a gasolina, que tem, em sua mistura, 25% do tipo anidro, e já experimentou alta de 2,73% no estado. Hoje, segundo a ANP, o litro da gasolina custa R$ 2,591, em média.
Custo não varia, mas GLP fica mais caro
A Petrobras não aumenta o GLP desde 2002, mas o preço ao consumidor do botijão de gás disparou 9,7% na região metropolitana do Rio em 2009, segundo o IBGE. Já a Fundação Getulio Vargas (FGV) constatou elevação de 6,46% entre janeiro, quando o preço médio era de R$ 31,53, e agosto.
A alta percebida no Rio ocorre em todo o País. A Associação Brasileira de Revendedores de GLP (Asmirg) desconfia de abuso. “Essas altas devem ser analisadas. Uma hora o pretexto é o acordo coletivo, outra é a redução de desconto sem justificativa”, reclama Alexandre Borjalli, presidente da entidade.
“Pode ter havido variação no interior, que tem acréscimo do frete de acordo com a distância. O gás pode custar até R$ 45 em comunidades”, disse Crisvaldo Souza, do sindicato das revendas do Rio (Sirgaserj). Ele apontou que não houve aumento generalizado, mas reconheceu que o consumidor arcou com o fim do desconto.
Etanol vai bombar nas bolsas
A diretoria da ANP vai publicar, em duas semanas, resolução criando um novo personagem no mercado de álcool: o ‘agente comercializador’ de etanol. Segundo o diretor da agência, Allan Kardec Duailibe, esse será o nome da empresa que vai se responsabilizar pela entrega do combustível em negociações no mercado futuro nas bolsas de valores. “Isso vai fortalecer o etanol”, avaliou o executivo da ANP |
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