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Geral |
18/09/2009 - 06:11 |
Importados até 40% mais baratos |
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O Dia |
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Os tradicionais produtos importados da ceia de Natal deste ano virão com generosos descontos, que hoje já chegam a quase 40%, graças ao dólar em trajetória de queda e à redução no consumo dos países europeus, que aumentaram a oferta de itens como bacalhau, azeite e bebidas. Ontem, a moeda fechou a R$ 1,807, com leve alta de 0,38%. No ano, o recuo chega a 22,91%. As redes de varejo estão aproveitando para fazer promoções, e tem gente que já está encomendando agora para pagar só em dezembro.
Na Les Bonbons, decoração de piratas e bala importada mais em contaMarco Quintarelli, consultor em varejo, aponta que o preço total da ceia deve ficar até 20% mais baixo do que em 2008. Para o especialista, será um Natal bem melhor do que o do ano passado e com maior oferta. Luiz Garcia, gerente da Lidador, já negocia a compra antecipada de bacalhau, uísque e champanhe. Ele calcula que, pelo andar da economia, os preços no Natal ficarão 15% mais em conta: “Fechei compra do champanhe Veuve Clicquot, que custava R$ 199, e ficou em R$ 126. Caiu 36,68%”.
Na preparação para o Natal, a Casas Bahia iniciou campanha para reabilitar o crédito de 1 milhão de clientes inadimplentes. O plano inclui desconto de 50% no valor total da dívida, isenção de juros e parcelamento do saldo restante.
EXPECTATIVAS EM ALTA
A expectativa de vendas para o Natal do Shopping Tijuca é de R$ 80 milhões, 12% maior do que em 2008. A Rede Pão de Açúcar elevou encomendas de bacalhau e salmão (10%), frutas (20%), vinho (10%) e de mercearia, biscoito, massas, temperos e enlatados franceses (100%). O preço de 100 gramas de balas na Les Bonbons, que importa 90% da Europa, caiu de R$ 7,90 para R$ 6,90.
O presente das crianças, no entanto, não ficará mais barato. Segundo o presidente da Fundação Abrinq, Synésio Batista, encomendas foram encerradas: “Esperamos que o dólar se mantenha até 2010”. Marcelo Maleh, sócio da importadora Planeta Sonho, não está otimista: “Provo no encarte que não há condições de queda. O imposto da bebida subiu e neutralizou o efeito do dólar”.
No Porto do Rio, apreensão da Receita Federal prejudicou o Natal dos sonegadores: foram 80 toneladas em mercadorias falsificadas e originais, avaliadas em R$ 14 milhões.
Marola: Lula estaria certo
O jornal francês ‘Le Monde’ diz que, embora tenha sido alvo de pesadas críticas à época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve visão “bastante correta” ao classificar a crise no Brasil como uma “marolinha”. O artigo ‘A retomada do crescimento mundial se baseia nos Brics’ analisa o comportamento dos países do grupo (Brasil, Rússia, Índia e China) um ano depois do estouro da crise, com a falência do banco Lehman Brothers. O texto cita o avanço de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, a valorização do real e a recuperação da Bolsa de São Paulo (Bovespa), que já superou os 60 mil pontos, voltando a níveis de antes da crise.
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