O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), deverá permanecer sozinho no ninho tucano a partir do próximo mês, já que a mudança do Chefe do Executivo do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) para o PSD é certa.

 

A confirmação da troca de partido do gaúcho chegou até lideranças sul-mato-grossenses. “Internamente temos como certa a vinda dele”, disse governador em exercício, José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PSD), ao Campo Grande News na manhã desta sexta-feira (18).

 

O governador em exercício torce para que troca inspire Riedel. “Eduardo Leite tem uma aproximação muito Grande com nosso Estado, mas isso vai depender dele [Riedel]. Outras legendas o têm convidado, mas eu como filiado do PSD, faço todo o esforço e ficaria muito feliz”, disse.

 

De acordo com reportagem o jornal O Globo, a filiação de Leita à legenda liderada pelo secretário de Governo de São Paulo, Gilberto Kassab, está marcada para a primeira semana de maio e os aliados gaúchos foram avisados.

 

Dos três governadores eleitos pelo PSDB em 2022, apenas o sul-mato-grossense ainda não sinalizou o futuro político. Sempre que questionado, ele reitera que irá espera a decisão do Diretório Nacional do PSDB para apontar se permanecerá na sigla após possíveis fusões ou federações ou mudará de partido.

 

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, foi a primeira a se movimentar e se filiou ao PSD em março. Mesmo com a sinalização da mudança de Leite, o governador do Rio Grande do Sul segue o mesmo roteiro de Riedel, e diz que só tomará decisões após abril, quando o PSDB deve anunciar o caminho que irá seguir para não desaparecer.

 

Articulação - Em fevereiro o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve em Campo Grande e se reuniu, a portas fechadas, com o governador Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja. A pauta teria sido justamente a união entre os dois partidos, com vistas a fortalecer as legendas para as eleições de 2026.

 

Uma semana depois, o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, também desembarcou em Campo Grande para um encontro onde foi discutido o futuro da legenda ao lado de Riedel, Reinaldo, deputados federais e estaduais.

 

A articulação perdeu força após o presidente nacional apontar que a fusão poderia extinguir a história do partido.

 

Por Fernanda Palheta