No Brasil, 11 milhões de mulheres criam sozinhas seus filhos, muitas delas enfrentando o abandono paterno e dificuldades para garantir direitos básicos. Além das adversidades financeiras e emocionais, essas mães lidam com processos judiciais demorados para pensão alimentícia e guarda. A morosidade do sistema jurídico e a falta de acesso à Defensoria Pública dificultam a busca por justiça, levando muitas mulheres a desistirem das ações por desgaste emocional e falta de perspectiva. A advogada Sueli Amoedo alerta que a proteção social e o reconhecimento dessas mães são urgentes, com políticas públicas que incluam creches, acesso à saúde mental e suporte financeiro. Além dos desafios legais, muitas mães solo contam com uma rede de apoio formada por outras mulheres na mesma situação, como é o caso de Cibele, que recorre à própria mãe para cuidar do filho em momentos de necessidade. O último Censo Demográfico (2022) revelou que 49,1% das unidades domiciliares são chefiadas por mulheres, indicando o crescimento da parentalidade solo no país. Diante desse cenário, especialistas reforçam a necessidade de políticas públicas mais eficazes e acessíveis para garantir suporte e justiça às mães solo. |