Quando se pensa em notificações feitas no primeiro atendimento hospitalar, quatro principais causas se destacam — e duas delas nem sequer são doenças. Dados dos boletins de Monitoramento Epidemiológico dos NHEs (Núcleos Hospitalares de Epidemiologia), da SES (Secretaria de Estado de Saúde), revelam que, entre janeiro e abril deste ano, os casos mais recorrentes foram dengue, chikungunya, acidentes de trabalho e violência doméstica.

 

São duas publicações: uma referente a janeiro e fevereiro, e outra a março e abril. Em ambas, as mesmas ocorrências lideram. Nos dois primeiros meses do ano, dos 2.449 casos notificados no primeiro atendimento hospitalar, 32,7% (800) foram de dengue e chikungunya (arboviroses); 13,8% (339) foram acidentes de trabalho; e 10,5% (257) representaram violência contra a mulher.

 

Já entre março e abril foram 2.428 notificações, com 63,2% (1.536) de prevalência de arboviroses; 9,8% (240) de acidentes laborais; e 6,3% (154) de violência doméstica.

 

Os mesmos boletins colocam em evidência as quatro principais causas de mortes hospitalares em Mato Grosso do Sul. No período de janeiro a abril, a maior delas são as doenças do aparelho circulatório. Entre essas estão enfermidades como hipertensão arterial, infarto, acidente vascular cerebral, arritmias cardíacas, trombose, embolia pulmonar e aneurismas.

 

As demais três causas de morte mais recorrentes são: neoplasias (tumores); doenças do aparelho respiratório, como pneumonia, DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), tuberculose e covid-19; e doenças do aparelho digestivo, como pancreatite e cirrose.

 

Hospitais de nove cidades de Mato Grosso do Sul fazem parte do levantamento, por integrarem o Renaveh (Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar). São eles os municípios de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Corumbá, Coxim, Paranaíba, Nova Andradina e Naviraí.

 

Lucia Morel