Em agenda oficial nesta quarta-feira (8), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que o debate sobre sua possível candidatura ao Senado em 2026 será retomado apenas em dezembro, em alinhamento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi dada ao jornal Correio do Estado, onde Tebet também negou rumores sobre uma eventual troca de partido. A ministra refutou especulações de que poderia deixar o MDB para se filiar ao PSB com o objetivo de disputar uma vaga ao Senado por São Paulo. “Se eu for candidata, provavelmente vai ser um debate para o final do ano ainda, lá para dezembro. O que meu coração pede é ser candidata pelo Mato Grosso do Sul”, declarou. A possibilidade de candidatura foi avaliada pela direção nacional do MDB, após declarações do ex-governador André Puccinelli, presidente de honra da sigla no Estado. Em julho, Puccinelli afirmou que, para Tebet concorrer ao Senado, teria de deixar o partido ou disputar por São Paulo, devido à sua aproximação com o presidente Lula. Em nota oficial, o MDB nacional esclareceu que “nenhuma decisão foi tomada” sobre o assunto, mas garantiu que, caso o tema chegue à executiva, será tratado de forma colegiada. “De antemão, informamos que Simone Tebet tem todo o apoio para ser candidata em Mato Grosso do Sul se ela decidir por esse caminho”, destacou o comunicado. Tebet também comentou sobre sondagens de outras legendas, classificando como natural o interesse de partidos em ministros do governo. “Sou do MDB desde criancinha, eu nasci dentro do partido. Eu sou fiel até nisso, né? Um único namorado, um único marido e um único partido”, brincou. Caso confirme sua candidatura ao Senado por Mato Grosso do Sul, é provável que a ministra adote uma postura estratégica nos palanques, evitando pedir votos para o presidente Lula em eventos com aliados do MDB ou de partidos como o PL, especialmente em respeito ao governador Eduardo Riedel (PP). A tendência é que o MDB mantenha a tradição de liberar suas bancadas regionais, mesmo diante de alianças nacionais. O cenário remete à eleição de 2010, quando Michel Temer foi vice na chapa de Dilma Rousseff (PT), mas o partido em Mato Grosso do Sul teve liberdade para apoiar outros candidatos, devido à histórica rivalidade com os petistas no Estado. |