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Belém (PA), 13 de novembro de 2025 — Em mais um dia de agendas na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o Governo de Mato Grosso do Sul reforçou seu compromisso com o fortalecimento da governança ambiental no Brasil. A delegação sul-mato-grossense, liderada pelo governador Eduardo Riedel e pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, destacou a necessidade de descentralização e modernização dos instrumentos de licenciamento ambiental como pilares para uma gestão pública mais ágil, segura e eficiente. Durante painel promovido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema), Riedel defendeu a construção de um novo marco regulatório que garanta segurança jurídica, previsibilidade aos investidores e agilidade na tomada de decisões. “Estamos falando de licenciamento territorial, de empreendimentos, de uso responsável dos recursos, preservando a água, os biomas e, ao mesmo tempo, garantindo que o desenvolvimento não seja travado”, afirmou o governador. Transformações estruturais e tecnológicas Riedel ressaltou que o desenvolvimento sustentável deve ser considerado um quarto pilar essencial da agenda pública, ao lado da educação, segurança e saúde. Segundo ele, a transformação necessária não é apenas estrutural, mas também de modelo de gestão. “Estamos em um ponto de não retorno no que se refere à tecnologia. Os modelos antigos não se sustentam mais”, disse, destacando o papel da inteligência artificial na modernização da gestão ambiental. O governador também enfatizou a complexidade de se criar um ambiente regulatório único para um país continental como o Brasil, com cinco biomas distintos. “A sociedade demanda regramentos claros e respostas ágeis. As estruturas estaduais têm papel fundamental nesse processo”, completou. 🌿 Produção com preservação Riedel e Verruck defenderam que o licenciamento ambiental deve ser funcional, garantindo a conservação da biodiversidade sem travar o desenvolvimento. Mato Grosso do Sul foi apresentado como exemplo de equilíbrio entre produção e preservação, com destaque para o Pantanal, onde 84% da área está preservada. “O bioma amazônico e o Pantanal têm altos índices de preservação. A COP tem sido um palco importante para mostrarmos nossa realidade de forma diferente da narrativa de alguns setores que distorcem o contexto local”, afirmou Riedel. 🎯 Compromissos e metas sustentáveis Representado também pelo adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Artur Falcette, o Estado participou de diversas discussões e apresentou oportunidades geradas por uma gestão que alia desenvolvimento social e econômico à preservação ambiental. Um dos destaques é o programa MS Carbono Neutro 2030, que estabelece a meta de neutralizar todas as emissões de gases de efeito estufa até o final da década. Troca de experiências na Amazônia Antes dos painéis desta quinta-feira, a equipe governamental visitou o projeto de pesquisa da Embrapa Amazônia Oriental, na área Capoeira do Black. O projeto analisa formas de recuperação de áreas desmatadas e degradadas, contribuindo para a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável — temas centrais da COP30. Hora da Notícia |